Fernando Calhau, S/Título #789 (“Void Gaps” – Night Works) (1978, CAM)
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“The world is full of magic things, patiently waiting for our senses to grow sharper.”
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Fernando Calhau, S/Título #504 (1989, CAM)
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Segundo o site do CAM, relativamente à primeira fotografia, de Fernando Calhau: «Na época em que trabalhou estas pinturas e fotografias estava a ler a Ode à Noite de Fernando Pessoa, onde a noite é extensão de mistério e misticismo.» Fica aqui um excerto:
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio. Noite
Com as estrelas lantejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito.
Vem, vagamente,
Vem, levemente,
Vem sozinha, solene, com as mãos caídas
Ao teu lado, vem
E traz os montes longínquos para o pé das árvores próximas.
Funde num campo teu todos os campos que vejo,
Faze da montanha um bloco só do teu corpo,
Apaga-lhe todas as diferenças que de longe vejo.
Todas as estradas que a sobem,
Todas as várias árvores que a fazem verde-escuro ao longe.
Todas as casas brancas e com fumo entre as árvores,
E deixa só uma luz e outra luz e mais outra,
Na distância imprecisa e vagamente perturbadora.
Na distância subitamente impossível de percorrer.
(...)
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Álvaro de Campos.
2 comentários:
Gosto muito da primeira imagem deste post e das palavras de Álvaro de Campos.
Muito boa tarde!
Mister Vertigo - Obrigada e boa tarde!
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