segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Boas entradas e Feliz Ano Novo de 2019

John Falter, Apartment Dwellers on New Year's Eve (3 de Janeiro de 1948)
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Os meus desejos para os visitantes do blogue, amigos e familiares, é que aquilo que foi bom, continue; que o que foi menos bom, melhore; que tenham tudo o que precisam; e que os vossos desejos se concretizem.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Màmia Roque Gameiro (1901-1996)

Fui hoje ver a exposição Ver tudo: Màmia Roque Gameiro, que se encontra na Casa Roque Gameiro, na Amadora. Gostei muito, até porque se descobre uma excelente pintora, que está hoje quase esquecida. Ficam aqui fotografias que tirei de algumas das obras apresentadas.
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O Açucareiro (c. 1920)

Quiet Room (1923)

Taberna dos injejuns

Nazaré (1926)

Sem Título (1920)

Ilustração do livro de Maria de Carvalho, ABC, Lisboa, Europa, 1938

Ilustração para Fagulha, n.º 1, 15 de Janeiro de 1958
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E a casa também vale a pena voltar a visitar

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

E, para aquecer...

Georges de la Tour, Girl with a Brazier (1646-1648)
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Eastman Johnson, Warming her Hands (1862)
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Robert Henri, Indian Girl in White Blanket (1917)
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Póvoa do Varzim, Camisola de Lã de Pescador (Museu de Arte Popular)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Com votos de Feliz Natal!

Max Rimböck, Christmas Interior
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Votos de um Natal muito Feliz,
Recheado de coisas boas,
Desejos realizados,
E,
Sobretudo,
Saúde e Alegria.
BOM NATAL!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

O peru e o bacalhau

Rafael Bordalo Pinheiro, Mísula "Bacalhaus" (Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Lisboa)

Rafael Bordalo Pinheiro, Mísula "Peru" (1899, Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Lisboa)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Dos perus

Branco e Negro, n.º 39, Dezembro de 1896.
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Em leituras que tenho feito ultimamente, notei que a tradição em Lisboa, no Natal, no final do século XIX, era comer peru. Diz Madame Ratazzi (1831-1902):

«Da Inglaterra importou Portugal o costume de solemnisar o Natal do Redemptor, como o maior dia do anno, aquelle em que se trocam parabens e saudações risonhas e festivaes. (…) E para em tudo imitarem o Christmas dos seus fieis aliados não há familia portugueza que não compre, para celebrar a solemnidade, um peru (…)». E acrescentava que: 
«Os vendilhões annunciam a sua mercadoria gritando descompassadamente: perus! quem compra perus! De resto, a mercadoria annuncia-se por si mesma, visto que ninguem ignora que os perus são de uma eloquencia rara (...). Em plena rua o comprador apanha a victima, analysa-a no intuito de saber se ella dará um bom jantar, discute o preço, paga e leva o peru. (…) A localidade escolhida para a reunião do exercito de perus é o largo que defronta com uma das arcadas lateraes do theatro de D. Maria II. Nas vesperas de Natal é uma invasão! No dia seguinte, ao anoitecer, não existe um unico peru (…). / Pobres perus!... (...)».
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Marie Letizia Rattazzi, Portugal de Relance, Lisboa, Livraria Editora de Henrique Zeferino, 1881, pp. 25 e 26.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

«Gulodices do Natal»


Pinhoada (Alcácer do Sal - © Doces Regionais)
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«Outra grandeza direi desta cidade, que não é menor destas arriba. E digo nesta cidade quinze dias antes do Natal até dia dos Reis se põem 30 mulheres na Ribeira e Pelourinho Velho com suas mesas cobertas de toalhas e mantéis muito alvos, e em cima delas gergelim, pinhoada, nogada, marmelada, laranjada, sidrada e fartéis [bolos de açúcar e amêndoas], e toda outra sorte e maneira de conservas. (…) Ora, quando a gente extravagante gasta tanto nestas gulodices, que fará todo o mais povo nobre, em cujas casas se gasta em grandíssima quantidade frutas e conservas de muitas maneiras (…)».
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João Brandão, Grandeza e Abastança de Lisboa em 1552, Lisboa, Livros Horizonte, 1990, p. 87.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Doces de Natal

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Sou daquelas pessoas que gostam mesmo muito do Natal, muito embora não seja uma grande apreciadora dos doces de Natal portugueses. Entre aqueles que vão parar às mesas que eu frequento, dos mais nacionais, só gosto do nogado alentejano e dos sonhos. Bolo rei gosto, mas tiro as frutas cristalizadas (só gosto das cerejas). Quando era criança apreciava a prenda do bolo rei, mas deixou de haver.
Entretanto, a Paula e o Rui Lima enviaram-me um livro feito por eles (com uma capa lindíssima bordada por ela), que vem cheio de receitas. Algumas tentarei fazer. Entre as doces, a minha selecção vai para os ovos moles, os fios de ovos e o nogado à moda do Baixo Alentejo. Será que consigo? Obrigada Paula e Rui.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Munch, nascido a 12 de Dezembro de 1863

Ficam aqui três pinturas, entre as que mais gosto deste pintor, mas há muitas mais (umas já andaram aqui no blogue, por exemplo, num "post" de 7 de Setembro de 2013).
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Train Smoke (1900, Museu Munch, Oslo)
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Rodin's The Thinker in Dr. Linde's Garden (1907, Museu Rodin, Paris)
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Starry Night (1922-1924, Museu Munch, Oslo)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Georges da La Tour (Adenda a "Luz das Velas")

Ontem, APS fez-me notar que me tinha esquecido de um dos meus pintores preferidos e que pintou muito com a luz das velas. Por isso, aqui ficam algumas das suas obras, entre as mais adequadas para a época natalícia.
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The Dream of St Joseph (c. 1640, Musée des Beaux-Arts, Nantes)
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«A face glowing orange, an eye twinkling out of shadow, pinpricks bright as sparklers: de La Tour paints the drama of sudden illuminations in darkness. Others had done it before - de La Tour must have seen a Caravaggio somewhere, if only as a print - but nobody has ever put such emphasis on the behaviour of candlelight. The way it strokes surfaces, sends out showers of highlights, gives warmth as well as light while casting everything beyond its ambit into blackness. His figures appear spellbound by the magical flame, seized with its mystery; only the candlelight shifts» - Laura Cumming, «Georges de La Tour: Master of Candlelight/ Shadows», The Guardian, 15 de Julho de 2077.
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St. Joseph, the Carpenter (c. 1642, Museu do Louvre, Paris)
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L'Adoration des Bergers (c. 1644, Museu do Louvre, Paris)
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Le Nouveau-né (ou Anne and the Virgin in Linen ou Saint Anne with the Christ Child) (c. 1645-1650, Art Gallery of Ontario)
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L'Éducation de de la Vierge (c. 1650, Museu do Louvre, Paris)
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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Luz das Velas

Josefa de Ayala, Ceia da Sagrada Família (1674, Museu de Évora)
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O tema é vasto, e já o abordei no blogue há cinco anos, no post «14 Dias para o Natal - As Velas» e há dois anos, no post «Luz». Acrescento agora algumas pinturas (incluindo umas que já passaram por aqui), que não têm necessariamente nada a ver com o Natal, mas com a particularidade das velas estarem acesas.
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Pieter Claesz, Still life with a burning candle (1627, Mauritshuis, Hague)
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Matthias Stom, Young Man Reading by Candle Light (Nationalmuseum, Stockholm)
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Gerrit Dou, Astronomer by Candlelight (c. 1665)
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Caspar David Friedrich, Woman with a candlestick (1825, Pomeranian State Museum, Greifswald)
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Vasily Tropinin, Girl with a candle
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Columbano Bordalo Pinheiro, Concerto de Amadores (1882, Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa)
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Gerhard Richter, Candles

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Lareiras

Albert Anker, At the Grandparents (1892, Oskar Reinhart Foundation, Winterthur)
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Florence Fuller, Inseparables (1900)
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John Lavery, The gothic room, 901 fifth avenue (1926)
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Raul Lino, «O Gato», in Afonso Lopes Vieira (poemas) e Raul Lino (ilustração), Animaes nossos Amigos, Lisboa, Livraria Ferreira, p. 31.
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(Pinterest)
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Nota: O tema já o tinha abordado no post «Uma colecção de lareiras», de 4 de Fevereiro de 2014, onde também já tinha sido publicada a ilustração de Raul Lino.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Da Imaculada Conceição

Francisco de Zurbarán, La Inmaculada Concepción (1628-1630, Museu do Prado, Madrid)
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«Segundo Joseph Bayam, foi a Rainha Santa Isabel que instituiu o culto à Virgem Nossa Senhora da Conceição (Santa da sua predilecção). Pediu ajuda a esta Santa para que terminasse a guerra civil que envolvia o seu marido e filho, prometendo aumentar a devoção à Senhora da Conceição. Falando com a autoridade eclesiástica coimbrã (Bispo D. Raimundo), pede para que consagre um dia à devoção desta Santa; este expõe o caso ao seu conselho do Cabido e às pessoas mais versadas em teoiogia e letras que discutem o assunto. Depois de todos terem entrado num acordo, o Bispo promulga uma constituição em que manda celebrar, todos os anos, a 8 de Dezembro, na sua Catedral, a festa de Nossa Senhora da Conceição. Depressa o exemplo é alargado a Lisboa e pelos restantes prelados do país».
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In Luísa Silva, A Construção do Novo Mosteiro de Santa Clara de Coimbra: 1647 a 1769: Da Decisão à Conclusão: Obras e Arquitectos. Dissertação de mestrado, Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2000, p. 38. Ela cita Joseph Bayam, Portugal glorioso e ilustrado com a vida e virtudes das benventuradas Mafalda, Isabel e Joanna, Officina de Pedro Ferreyra, Lisboa Ocidental, 1727, p. 266.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Bazille, nascido a 6 de Dezembro de 1841


L'atelier de Bazille (1870, Museu d'Orsay, Paris)
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Como um dos meus temas preferidos na pintura é do quadro dentro do quadro, aqui fica um quadro recheado de outros quadros. 
Apresenta o atelier da Rua de La Condamine, que Bazille partilhou com Renoir entre 1868 e 1870. No centro está Bazille, com a paleta na mão - retrato esse que terá sido pintado por Manet, pois numa carta escrita por Bazille ao seu pai, ele dizia: "Manet m'a fait moi-même". Manet, de chapéu, está a observar a tela sobre o cavalete. À direita, a tocar piano, está Edmond Maître. A natureza morta de Monet, junto do piano, recorda que Bazille adquiriu obras desse pintor, de modo a ajudá-lo financeiramente. 
E aqui ficam algumas pinturas representadas, do que consegui apurar:


Pêcheur à l'épervier (1868, Fondation Rau pour le Tiers-Monde)
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La Toilette (1869-1870,  Musée Fabre, Montpelier)
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Claude Monet, Fruits et Gibier
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