sexta-feira, 29 de março de 2019

Do cérebro, mais vasto que o Céu

Eric da Costa, Artica CC e NeuroGears, Neurónio Interativo (2019)
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Da exposição na Gulbenkian, que apreciei bastante, sobre um tema que me fascina.
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This Brain - is wider than the Sky -
For - put them side by side -
The one the other will contain
With ease - and You - beside -

The Brain is deeper than  the sea -
For - hold them - Blue to Blue -
The one the other will absorb -
As Sponges - Buckets - do -

The Brain is just the weight of God -
For - Heft them - Pound for Pound -
And they will differ - if they do -
As Syllable from Sound -
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Emily Dickinson.
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David Goodsell, Sinapse excitatória ampliada dois milhões de vezes (2019)
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quinta-feira, 28 de março de 2019

Tarambolas

Torres Novas.
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Num passeio a Torres Novas, descobri as "tarambolas", que são o nome que se dá às rodas hidráulicas, nesta localidade. Têm (ou tinham) o objectivo de elevar água para as regas, tendo existido várias ao longo do rio Almonda - no meu passeio, que foi só na cidade, vi duas. O nome de tarambola vem de um pássaro ribeirinho com o mesmo nome.
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As pinturas abaixo, expostas no Museu Municipal Carlos Reis, são, respectivamente, de Falcão Trigoso, Margens do Almonda, e de João Reis, Ponte do Lamego (1933).
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E aqui fica outra tarambola (vinda da Wikipédia):

quarta-feira, 27 de março de 2019

Para a minha cunhada que faz anos hoje

Com votos de um dia muito feliz!
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Columbano Bordalo Pinheiro, Retrato de Ida Bordalo Pinheiro e Virgínia Lopes de Mendonça (1910, Museu do Chiado, Lisboa)
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«There is nothing on this earth more to be prized than true friendship».
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terça-feira, 26 de março de 2019

Dia do Livro Português (ainda segundo o meu Calendário)

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Fiquei a pensar quais seriam os meus livros portugueses (ou de autores portugueses) preferidos. Excluindo os textos de carácter artístico ou histórico, coloco aqui sobretudo os textos de carácter literário, incluindo as memórias, crónicas e poesia. À cabeça, certamente Eça de Queiroz, sendo que o meu livro favorito dele é cada vez mais A Cidade e as Serras. Gosto também muito de Ramalho Ortigão e delicio-me a (re)ler As Farpas e outros textos. Gosto de Raul Brandão, muito embora haja apenas dois livros que li dele de que gostei verdadeiramente, que foram as Memórias e Os Pescadores. Apreciei, já recentemente, a leitura das Pupilas do Senhor Doutor de Júlio Dinis. E gosto muito, desde criança, de Sophia de Mello Breyner. Dos restantes livros e autores, recordo ainda alguns que me marcaram: Um Deus passeando pela brisa da tarde de Mário de Carvalho, A Casa do Pó de Fernando Campos e A Voz dos Deuses de João Aguiar. Dos poetas, aprecio Camões (especialmente a Lírica), Pessoa (A Mensagem), Afonso Lopes Vieira e a Sophia, entre outros - destacando ainda o meu tio João Mattos e Silva. De Alexandre Herculano gosto sobretudo dos textos não literários, sendo o mesmo verdade para os textos de intervenção de Almada Negreiros. Peças de teatro, só mesmo Gil Vicente, e tenho meditado por vezes no Auto da Barca do Inferno. A colagem de retratos que acompanha este post foi feita por mim (e está longe de ser perfeita), com imagens retiradas da internet, sendo que o retrato do meu tio, veio do Arpose.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Dia do Estudante

Segundo o meu Calendário, hoje é Dia do Estudante, e por isso aqui ficam imagens alusivas ao tema (algumas repetidas de posts antigos).
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Adriaen van Ostede, The Schoolmaster (1662)
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Winslow Homer, The Country School (1871, Saint Louis Art Museum, St. Louis)
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Simon Glücklich, The Homework
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Charles Blackman, Schoolgirl and Bilboards (1954)
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Salvador de Almeida Fernandes, Liceu Dona Filipa de Lencastre (1958)
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Para finalizar, a imagem acima é da escola onde estive nos anos 80, entre o 7.º e o 11.º ano. Em baixo, um registo de uma investigação onde colaborei, sobre mobiliário para edifícios públicos no Estado Novo, onde me deparei com este tema que achei muito interessante, o mobiliário escolar. Quem quiser saber mais sobre esse assunto aconselho o livro publicado na altura do fecho do projecto (e a propósito de uma exposição), do qual tirei esta imagem, onde existe um artigo de Alexandra Alegre, acerca de «Liceus e Escolas Técnicas».
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Carteira individual, in João Paulo Martins (coord.), Mobiliário para Edifícios Públicos, Portugal, 1934-1974, MUDE / CALEIDOSCÓPIO, p. 79.

domingo, 24 de março de 2019

Dos doces

Não costume fazer posts ao Domingo, mas um post do Arpose deixou-me a meditar no tema dos doces. Porque, apesar de ser muito gulosa, sou muito complicada nos doces de que gosto. Excluindo o chocolate, as bolachas e biscoitos, bem como os gelados (de que também gosto muito, mas sou igualmente picuinhas), aqui vão alguns doces de que gosto (haverá outros certamente, mas não muitos mais):

1. Travesseiros da Piriquita


2. Queijadas de Sintra


3. Croissants (e palmiers) do Careca (os da Biblioteca Nacional andam muito parecidos)


4. Torta de chocolate (da minha avó Fernanda e agora da minha mãe)



5. Bolo de bolacha da minha avó Fernanda (o do Andaluz da Figueira da Foz é parecido) - o da fotografia é o do site Tele Culinária.


6. Doce de ovos de Aveiro, ou semelhante. A minha avó Fernanda fazia um doce de ovos com canela por cima de que tenho imensas saudades.


7. Bolo de chocolate parecido com um que houve no meu casamento (há um idêntico nos restaurantes Sushi Corner) - o da fotografia tem um aspecto parecido.


8. Ducheses da Versailles (e outros também bons, como os da Leitaria da Quinta do Paço).


9. Doces de noz da Rapeti.


10. Brigadeiros (como os da Brigadoce ou da Rapeti, com muito leite condensado). Aqui lembro o melhor bolo de chocolate que comi (que devia ser de brigadeiro), que foi no Recife, feito pela empregada da madrinha da minha mãe (há quase 40 anos).


11. Bolo de rolo


12. Trança de coco da Namur - também não encontrei fotografia.
13. A tarte de framboesa da Padaria Portuguesa (só vi na da Avenida João XXI)


14. Pastéis de Belém.


15. O salame de chocolate que havia no liceu Filipa há 30 anos...
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As minhas esquisitices em chocolates, gelados e bolachas, ficam talvez para outro dia.

sexta-feira, 22 de março de 2019

E da água

O tema é tão vasto e com tantas ramificações, que o que aqui fica é uma pequeníssima amostra.
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Pérsia, Clepsidra
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Faenza ?, Pia de Água Benta (Séc. XVI, Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto)
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John Cheere, Lago de Nereida Tétis (Séc. XVIII, Palácio Nacional de Queluz)
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Claude Lorrain, Landscape with Water Mill (1648, Galleria Doria Pamphilj, Rome)
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Jean-Baptiste-Siméon Chardin, Water Glass (c. 1760, Carnegie Museum of Art, Pittsburgh)
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Katsushika Hokusai, The Great Wave of Kanagawa (c. 1829-1833)
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John Henry Twachtman, Waterfall in Yellowstone (1895)
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José Malhoa, Aguadeiro (Séc. XIX-XX, Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto)
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Columbano Bordalo Pinheiro, Paisagem - Bruges (1917, Museu Nacional Grão Vasco, Viseu)
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João Vaz, Porto de Abrigo (1915-1920)
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João Martins, Alfama (Séc. XX, Arquivo de Documentação Fotográfica / DPIMI/DGPC)
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Kim Tschang-yeul, Waterdrops No. 10 (1977)

quinta-feira, 21 de março de 2019

E no Dia da Árvore

Helena Roque Gameiro, «Ama a Árvore», in Quadros Educativos (1917 - imagem in Restos de Colcção)
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Sendo um facto que a primeira Festa da Árvore realizou-se ainda no final da Monarquia, no Seixal, em 1907; foi com a implantação da República, em 1910, que se desenvolveu o culto da árvore, consubstanciado, entre outras medidas, na realização das Festas da Árvore (que tiveram o seu período áureo entre 1912 e 1915) e na constituição da Associação Protectora da Árvore, criada em 1914. Foi nesse cenário que foi editado o livro de poemas A Alma das Árvores de António Correia de Oliveira; e se compôs um Hino das Árvores, com versos de Olavo Bilac e música de Aboim Foios (adoptado para a Festa da Árvore). Desde 1916 que começou o declínio da Festa da Árvore, embora date de 1917 uma série de 12 cartazes, apelidados de Quadros Educativos, entre os quais se encontra aquele que reproduzimos acima, de Helena Roque Gameiro, com o título «Ama a Árvore». Em 1970, no quadro das comemorações do ano Europeu da Conservação da Natureza, voltou-se a celebrar o Dia da Árvore, sendo editado um cartaz com a transcrição do poema «Ao Viandante», que foi colocado junto de árvores notáveis e em jardins públicos. Esse poema, tem o título de «A Oração da Árvore», e é de Veiga Simões (sendo datado de 1914).
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Bibl. José Neiva Vieira, O Culto da Árvore e a 1.ª República, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Autoridade Florestal Nacional, 2010.
José Leite, «Política e Ensino», in Restos de Colecção, 8 de Maio de 2016.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Com votos de Boa Primavera!

Martin Johnson Heade, Hummingbird and Apple Blossoms (1875, Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque)

terça-feira, 19 de março de 2019

No Dia de São José

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«Entre as grandes festividades do país devo também notar a de S. José, que aqui é chamado Esposo da Mãe de Deus, e que se celebra a 19 de Março». 
«No mesmo dia realiza-se a visita dos habitantes da cidade ao hospital real do mesmo santo, que fica situado num alto, a pouca distância da respectiva igreja».
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Carl Israel Ruders, Viagem em Portugal 1798-1802, Vol. I, tradução de António Feijó, Lisboa, Biblioteca Nacional, 2002, p. 102.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Da Fotografia em Portugal - Eduardo Sena

1/5' (1954, MNAC)
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Engenheiro da Companhia União Fabril (CUF), Eduardo Sena (1923-2007) interessou-se pela fotografia na década de 40, tendo-se tornado num dos principais dinamizadores da Secção de Fotografia do Grupo Desportivo daquele complexo fabril. Organizou, em conjunto com Vítor Chagas dos Santos, o Salão Internacional de Arte Fotográfica, realizado a partir de 1951. Criou no Jornal do Barreiro uma secção de fotografia, publicada entre 1954 e 1957; tendo chegado a ser director desse jornal. Organizou e coordenou a edição do álbum 50 anos da CUF no Barreiro, editada em 1958, que contou também com a participação do fotógrafo Augusto Cabrita. Foi ainda um dos fundadores do Cine Clube do Barreiro e programador das sessões no Cinema Ginásio, naquela mesma cidade.
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Resumo do texto de Emília Tavares, «Eduardo Harrington Sena», no site do MNAC.
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Alvo Atingido (1954, MNAC)
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Dogma (1954, MNAC)

sexta-feira, 15 de março de 2019

Parabéns Luís Barata!

Com votos de um dia muito feliz!
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Aqui vão uns presentes virtuais, que espero que lhe agradem:
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Um dos lotes de um conjunto de desenhos que vai agora a leilão na Christie's (a 27 de Março):  «Dessins Anciens et du XIXème incluant des oeuvres de la collection Jean Bonna».
E um Sachertorte, com receita de Rose & Cook:

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Acerca deste bolo, não sei se lhe interessa, mas descobri há pouco tempo um café austríaco em frente ao Museu do Chiado, o Kaffeehaus, onde havia este bolo e outras iguarias com muito bom aspecto.