quinta-feira, 7 de maio de 2020

Quinta dos Lagares d'El Rei

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Outro dia, finalmente, fui ver a Quinta dos Lagares d'El Rei, onde viveu o pintor Carlos Reis (1863-1940). 
De acordo com a Wikipedia, o senhorio resultou de uma doação de D. João I a Martinho Afonso da Charneca (Bispo de Coimbra e Arcebispo de Braga), em 1392. A quinta terminava a Norte na Azinhaga da Feiteira (Charneca) e a sul (sensivelmente) na actual rua Actriz Virgínia (Alto do Pina). Com o tempo, o senhorio passou para os Condes de Almada.
O edifício que se encontra no local, terá sido construído por volta de 1684 e sofreu remodelações no século XVIII. Foi nessa altura que terão sido arrasados os lagares, sendo construída a ala nobre, um oratório e um pequeno teatro.

Carlos Reis na Quinta dos Lagares d'El Rei. In Pedro Carlos Reis, Carlos Reis, ACD Editores, 2006.
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No início do século XX, a casa foi arrendada a vários inquilinos, nomeadamente a Carlos Reis. Em 1936, D. Lourenço Vaz de Almada, na qualidade de proprietário, sendo engenheiro de formação, após um grande restauro exterior e renovações interiores, passou a lá viver. No entanto, em 1946, a Câmara Municipal de Lisboa expropriou-lhe parte dos terrenos para fazer uma escola e uma urbanização, enquanto uma outra parte foi doada gratuitamente por ele próprio ao Patriarcado de Lisboa para construir a Igreja de Santa Joana Princesa. 
Por decreto de 26 de Fevereiro de 1982, o IGESPAR classificou o "Solar da Quinta dos Lagares d´El-Rei" como Imóvel de Interesse Público.
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Carlos Reis, Quinta dos Lagares d'El Rei - Minha Mulher (1903). In Pedro Carlos Reis, Carlos Reis, ACD Editores, 2006.
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4 comentários:

APS disse...

Não conheço e pelas fotos que escolheu deve ser bem bonita...
Bom dia.

MR disse...

Sabia que o Carlos Reis tinha vivido nesta quinta (agora está reduzida a um quintal), mas não conhecia esta pintura.
Bom dia!

Isabel disse...

Deve ser muito bonita.

Margarida Elias disse...

APS - Eu só consegui ver o exterior, mas parece bonita :-) Bom Sábado!

MR - A quinta original era muito maior, e grande seria ainda no tempo de Carlos Reis. Boa tarde!

Isabel - É verdade :-)