Pintando no atelier VIII

 

Aurélia de Souza, No Atelier (1916, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)

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Outra pintura que regressa, noutro contexto, ao fim de três anos.

Dois auto-retratos e uma frase

 

Louise Jopling, Self-Portrait (1877, Manchester Art Gallery)

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Trago este auto-retrato de Louise Jopling (1843-1933), porque o acho muito belo, em termos de composição e colorido, mas também pela serenidade e confiança que exprime a expressão da artista, embora misturada (talvez) com uma certa melancolia. 

Aurélia de Souza, Auto-retrato (1900, Museu Nacional Soares dos Reis)

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Confronto-o, pela aproximação ao rosto e pela frontalidade, ao de Aurélia de Sousa (1866-1922), posterior (1900), muito embora o de Aurélia (que já aqui esteve em 2017) traga menos serenidade, uma sensação de desafio, sendo mais expressiva e sofrida - ou mesmo perscrustante, no olhar que se auto-observa. 

Vinte e três anos separam estas duas pinturas, mas não deixam ambas de transmitir a mesma necessidade de auto-conhecimento e de auto-aceitação. Daí, por fim, esta frase, de E.E. Cummings (1894-1962): «Once we believe in ourselves, we can risk curiosity, wonder, spontaneous delight, or any experience that reveals the human spirit».

Para o dia de Santa Catarina

António de Holanda (atribuído), Santa Catarina, Livro de Horas (1517-1551, Museu Nacional de Arte Antiga)

Da tranquilidade

Johann Hamza, Peasant Interior, Zurich (1899

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«A quiet secluded life in the country, with the possibility of being useful to people to whom it is easy to do good, and who are not accustomed to have it done to them; then work which one hopes may be of some use; then rest, nature, books, music, love for one's neighbor — such is my idea of happiness.»

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Leo Tolstoy.

Com votos de boa semana!

August Macke, Woman Sewing

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Esta pintura já aqui esteve em 2017, mas regressa agora, em confronto com outra, com o mesmo tema e do mesmo autor, que também já postei no blogue, em 2013.

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August Macke, Elisabeth Gerhardt Sewing (1909).

Parabéns Sandra!!!

Muitas felicidades, muita saúde, um grande abraço e muitos beijinhos!

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Acontecimentos interessantes para este dia (além do teu nascimento :-). Há muitos, mas escolhi estes:

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Em 1877, Thomas Edison anunciou a invenção do fonógrafo.

Henri Matisse, Intérieur au phonographe (1924)

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Em 1905, foi publicado o artigo de Albert Einstein que levou à fórmula da equivalência massa–energia, E = mc².

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Steve Kaufman, Einstein, 2004

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E, numa nota mais divertida, em 2013, foi lançada a canção Happy de Pharrell Williams (espero que gostes):

Pintando no atelier VII

August Macke, Franz Marc and Maria in the studio (1912)

Da criação

Renato Guttuso, Tavolo e oggetti nello studio (1957)

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“I have an idea that the only thing which makes it possible to regard this world we live in without disgust is the beauty which now and then men create out of the chaos. The pictures they paint, the music they compose, the books they write, and the lives they lead. Of all these the richest in beauty is the beautiful life. That is the perfect work of art.”

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W. Somerset Maugham, The Painted Veil.

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Nota: Nada sei da vida de Renato Guttuso, pelo que não sei se terá sido uma «bela vida». Gosto de algumas obras dele e acho interessante a maneira como os artistas, em geral, criam beleza através do caos. Mas ainda penso que a melhor criação é a da natureza e julgo que nada humano a pode superar na sua perfeição. Daí que não concorde nada com a frase inicial de Maughan: «the only thing which makes it possible to regard this world we live in without disgust is the beauty which now and then men create out of the chaos».

Afinidades XLIV

Júlio Pomar, Gadanheiro (1945, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa)

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Renato Guttuso, Zolfataro (1947)

Jan van Kessel, o Velho

Insects and Fruit (1641-1679, Rijksmuseum, Amesterdão)

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Tenho descoberto a obra de Jan van Kessel (1626-1679), pintor belga, neto de Brueghel (1568-1625). Embora a sua pintura tenha uma temática mais multifacetada, é mais conhecido pelas pinturas com insectos, frutos e flores, que também são as minhas preferidas. Ficam aqui alguns exemplos.

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A still life of tulips, a crown imperial, snowdrops, lilies, irises, roses and other flowers in a glass vase with a lizard, butterflies, a dragonfly and other insects (1652)

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Wild strawberries in a Chinese 'kraak' porcelain bowl, blackberries in a second bowl standing on a plate, various flowers in a bronze vase, damsons in yet another bowl and walnuts on a plate, with a peach, a sprig of cherries and other fruit, all on a stone ledge, a finch and a butterfly nearby

Com votos de boa semana!

 

Sofia Martins de Souza, Natureza Morta (estudo) (Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto)

Sarah Bernhardt

Alda Marinha, Sarah Berhardt

Georges Clairin, Sarah Benhardt (1876)

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Descobri no álbum de desenhos da minha tia-avó, Alda Marinha, um retrato de Sarah Bernhardt (1844-1923). Achei interessante, não só pelo desenho, que descobri ter sido feito a partir de um retrato da actriz por Georges Clairin, em 1876. Foi também porque esta semana vi o filme O Xangô de Baker Street (2001), realizado por Miguel Faria Jr. a partir do livro homónimo de Jô Soares, onde uma das personagens é Sarah Bernhardt, muito bem representada por Maria de Medeiros. O filme está bastante bem feito e acho que vale muito a pena ser visto. Acrescento ainda uma caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro, de quando Sarah Bernhardt veio a Portugal, em 1882 - da qual me lembrei enquanti via o filme.

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O António Maria, 20 de Abril de 1882 - disponível na Hemeroteca Digital.

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Com votos de um bom fim de semana!

 Uma excelente sugestão para quem tem Netflix

Mary Ellen Johnson

Strawberry Sunday (2019)

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Uma artista que descobri há pouco tempo e achei interessante o seu trabalho. Gosto do detalhe e do realismo, mas assumo que a temática também me fascina (eu gulosa, me confesso). Ficam aqui alguns exemplos:

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Big Choclate Eclair (2012)

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Big M&Ms (2010)

Para o Dia de São Martinho

São Martinho (1475-1500, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa)

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Sempre tive uma simpatia especial por São Martinho, em grande parte devido à lenda, mas também por ele ser romano, pois sempre gostei muito dos romanos (e de Itália). Também aprecio os festejos, nomeadamente a jerupiga (e vinhos licorosos) e as castanhas assadas. 

Fica aqui o início da Nova Ladainha de São Martinho, de 1875, deixando também a ligação para o resto do texto, na Biblioteca Nacional: http://purl.pt/6568

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E, por fim, fica esta aguarela que representa um dos meus lugares preferidos:

Leitão de Barros, Capela de São Martinho de Óbidos (1926, Museu Grão Vasco, Viseu)

Da Amizade I

Helen Frankenthaler e Grace Hartigan

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«Toda a grandeza deste mundo não vale um bom amigo».

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Citação retirada do livro Dicionário de Citações e Provérbios, de Luis Señor González, publicado pelo Correio da Manhã, em 2004, p. 55.

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Hoje faz anos uma das amigas que tenho há mais tempo, daí este poste. Andei a pesquisar pinturas famosas com amigas, e nada encontrei de especial, pelo que ficou esta fotografia, de um artigo sobre «Friends in Art and Beyond» de Andrey V, no site Widewalls. Não conhecia estas artistas, mas após breve pesquisa, aqui fica uma obra de cada uma:

Helen Frankenthaler, Mountains and Sea (1952)

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Grace Hartigan, The Vendor #3 (1956, Art Institute of Chicago)

Frases de séries I

Dakota Fanning em O Alienista (2017)

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«It's human nature to make mistakes, Kitty. We sometimes might fail, but we should not be defined by our failures».

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The Alienist (2018).

Pintando no atelier VI

George Morland, The Artist in His Studio and His Man Gibbs (1802)

No Dia Mundial do Cinema

No Sapo colocaram uma lista de 100 filmes para ver ou rever. Dos que já vi, escolho 10 (exercício difícil), de que mais gostei:

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Star Wars, imagem do site The Hollywood Reporter

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A Guerra das Estrelas (1977-2019)

Blade Runner (1982)

Cinema Paraíso (1988)

O Urso (1988)

Antes do Amanhecer (1995)

Matrix (1999)

A Viagem de Chihiro (2001)

The Lord of the Rings (2001-2003)

Fala com Ela (2002)

O Cavaleiro das Trevas (2008)

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Entre os restantes, gostaria de (re)ver estes:

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Serenata à Chuva (1952)

It's a Wonderful Life (1946)

007 - Contra Goldfinger (1964)

As Asas do Desejo (1987)

O Túmulo dos Pirilampos (1988)

Os Suspeitos do Costume (1995)

Cidade de Deus (2002)

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Notas: Há vários filmes de que gosto que não estavam na lista, mas como já vi muitos filmes e gostei de bastantes, achei que esta lista seria interessante para explorar o tema. Alguns, como A Guerra das Estrelas, só tinham o primeiro da série, mas, pelo menos nesse caso, assinalei os episódios todos, mesmo que uns sejam melhores do que outros.

Afinidades XLIII

Raffaello Sanzio, Ritratto di Baldassarre Castiglione (1514-1515, Musée du Louvre, Paris)

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Ticiano Vecellio, Portrait of a man with a quilted sleeve (c. 1510, National Gallery, Londres)

No dia dos meus 50 anos!

Faço também o exercício de pesquisar acontecimentos de que eu goste e que tenham ocorrido neste dia. Da minha breve investigação, apenas saliento:

A inauguração da sede da UNESCO em Paris, em 1958, dos arquitectos Bernard Zehrfuss, Marcel Breuer e Pier Luigi Nervi.

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E a gravação da canção «Michelle» dos Beatles, em 1965:

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Hans Holbein, o Velho e Hans Holbein, o Jovem

Ontem notei num erro no meu blogue, que me apressei a corrigir. Só conhecia bem, dos livros de História da Arte, Hans Holbein, o Jovem (c.1497-1543), conhecido sobretudo como retratista. Este era filho Hans Holbein, o Velho (c.1460-1524), que se dedicou à pintura religiosa, mas também ao retrato. Fica aqui um retrato pintado por cada um deles, com uma pequena diferença de tempo entre eles.

Hans Holbein, o Velho, Retrato de um Homem (1518-1520, Thyssen-Bornemisza Museum, Madrid)

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Hans Holbein, o Jovem, Retrato de Erasmo de Roterdão (1523, National Gallery, Londres)

No Dia de Todos os Santos

Hans Holbein, o Velho, Virgem com o Menino e entre Santos e Anjos (1519, Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa)