quinta-feira, 31 de março de 2022

Palavras

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«Tous les grands mots, tous les mots appelés à la grandeur par un poète sont des clefs d'univers, du double univers du Cosmos et des profondeurs de l'âme humaine».
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Gaston Bachelard, La Poétique de L’Espace, (1957) Paris, Les Presses Universitaires de France, 3.ª ed., 1961, p 181, online in http://classiques.uqac.ca.

quarta-feira, 30 de março de 2022

terça-feira, 29 de março de 2022

segunda-feira, 28 de março de 2022

sexta-feira, 25 de março de 2022

No Dia da Anunciação

Baixo relevo da Basílica de Mafra, desenho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro, gravura de José Maria Baptista Coelho, in Archivo Pittoresco, n.º 20, 1861, p. 153.
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A ler: Graça Afonso, «O Archivo Pittoresco e a evolução da Gravura de Madeira em Portugal», comunicação apresentada no Ciclo de Conferências Arquivo Pitoresco, 150 Anos Depois (1857-2007), 2.ª Conferência (Hemeroteca Municipal de Lisboa, 20 Setembro 2007).

quinta-feira, 24 de março de 2022

Retrato

Paul Nadar, Fotografia de Anatole France (1893)
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«Felizmente não é obrigatório sermos parecidos com os nossos retratos».
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Anatole France
in Luis Señor González, Dicionário de Citações e Provérbios, Correio da Manhã, 2004, p. 79.

quarta-feira, 23 de março de 2022

Ainda Sintra: Villa Roma

Fotografia do blogue Rio das Maçãs, 12 de Abril de 2009.
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VILLA ROMA, São Martinho

«Entre estas várias residências, todas um pouco o espelho dos seus donos, a Villa Roma, situada entre as Quintas do Relógio e da Regaleira, posteriores a ela, merece uma atenção particular. Habitação confortável e prática, a sua planta rectangular é simples e a sua fachada sóbria. Mansão original difere do estilo tradicional pelo seu reboco vermelho e branco, imitando tijolo, e pelo seu elegante pórtico saliente, suportado por quatro colunas dóricas.
As reminiscências inglesas desta casa não surpreendem, uma vez que sabemos que ela foi construída por volta de 1855 por Carlos Morato Roma, educado além-Mancha, antes de s ter tornado economicista e homem político liberal, gozando de grande notoriedade... um verdadeiro visionário, ao preconizar os Estados Unidos da Europa.
A memória de uma das suas quatro filhas, Paulina, está ainda presente num belíssimo auto-retrato pintado no estilo do mestre Tomás da Anunciação. Estas meninas pintaram e ornaram os próprios motivos floridos que ainda existem, as cercaduras de alguns espelhos da casa, como indica nas suas memórias um dos netos do fundador, Carlos Roma Machado de Faria e Maia. Além disto ele conta-nos que "nesta época tinha vindo do estrangeiro um pintor e estucador célebre, encarregado de restaurar as salas do palácio da família Marialva em Sintra e a quem o meu avô encomendou o projecto da casa, que desejava construir (...). Este pintor e estucador encarregou-se das pinturas da casa de jantar da Villa Roma, dos estuques da sala de entrada e do salão".
Com efeito, encontramos estas cercaduras pintadas a fresco, sendo as mais interessantes talvez as da salinha onde delicadas grinaldas, florões e folhas de acanto se harmonizam com móveis ingleses da mesma época (...)».
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Anne de Stoop, «Algumas Casas Românticas em Sintra», in Romantismo, Sintra nos Itinerários de um Movimento, Sintra, Instituto de Sintra, 1988, p. 227-228.

terça-feira, 22 de março de 2022

Árvores de fruto




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«Tacuinum sanitatis de sex rebus quae sunt neccessarie cuilibet homini ad cotidianam conservationem sanitatis suae, cum suis ratificationibus et operationibus», Collection Leber. Elluchasem Elimithar, 1401-1500, fl. 7, 11, 12 e 69. in Gallica.

segunda-feira, 21 de março de 2022

Poesia

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«Cette image que la lecture du poème nous offre, la voici qui devient vraiment nôtre. Elle prend racine en nous-mêmes. Nous l'avons reçue, mais nous naissons à l'impression que nous aurions pu la créer, que nous aurions dû la créer. Elle devient un être nouveau de notre langage (…)».
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Gaston Bachelard, La Poétique de L’Espace, Paris, Les Presses Universitaires de France, (1957) 3.ª ed., 1961, p. 7, online in http://classiques.uqac.ca.

sábado, 19 de março de 2022

sexta-feira, 18 de março de 2022

Itinerários - Columbano e Lisboa

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«Viveu no centro da urbe entre o primeiro terço da Avenida da Liberdade, na área do Passeio Público que a precedeu e as proximidades do Cais do Sodré ou seja a vertente sul das colinas ocidentais que descaiem para o Tejo. Dificilmente se afastava deste cenário e menos de si próprio entre a sugestão evocativa pós-pombalina e romântica»
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Juvenal Esteves, «Columbano e a Cultura de Lisboa», Olisipo, n.º 149, 1986, pp. 109-115.
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Filipe Folque, Planta de Lisboa (detalhe) (1856-1858, Lxi)
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Reflexões: 
1) Encontrei o artigo acima citado numa separata, na Biblioteca Nacional (há cerca de 20 anos), estando agora disponível na Hemeroteca Digital. Gostei de o reler, muito embora haja detalhes que podem ser desenvolvidos. Por exemplo: gostaria de saber onde viveu Columbano na Praça da Alegria. Aliás, a zona da Praça da Alegria parecia atrair artistas, o que eu acho que poderia ser um bom tema de estudo. A Vila Martel, ficava lá ao pé.
2) Na realidade, a geografia de Columbano ultrapassa este espaço, que apenas se circunscreve aos seus percursos habituais em Lisboa. Além de viagens para fora de Portugal (raras, é certo), nasceu em Cacilhas, viveu em Alcolena (Belém) e, por um curto espaço de tempo, nas Caldas da Rainha.
3) Andei a tentar conjugar a informação com a planta do Lxi. Usei a planta do Filipe Folque, embora os ateliers da Vila Martel sejam posteriores. Assinalei a azul os locais onde viveu, a verde a Praça da Alegria, a vermelho onde trabalhou e a roxo onde conviveu. Faltará aqui a Sociedade de Belas Artes, que fica mais para Norte. Mas nota-se que Columbano foi descendo a Avenida, em direção ao rio, ao longo dos seus 70 anos de vida.
4) Gosto de saber onde viveram e trabalharam os artistas. Outro dia descobri a casa onde nasceu Helena Vieira da Silva, na Rua das Chagas. O prédio é bem bonito e não fica nada longe das zonas de Columbano.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Silêncio

Carl Holsøe, Lady in Black
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«Quiet people have the loudest minds.»

quarta-feira, 16 de março de 2022

Alguns cavalos de Franz Marc


Horse in a Landscape (1910, Folkwang Museum, Essen)
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Blue Horse I (1911, Lenbachhaus, Munique)
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Two Horses, Red and Blue (1912, Rhode Island School of Design Museum (RISD Museum), Providence)

terça-feira, 15 de março de 2022

Poesia

Salvator Rosa, Poetry (1641)
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«La poésie est une âme inaugurant une forme.»
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Pierre-Jean Jouve, in  Gaston Bachelard, La Poétique de L’Espace (1957), Paris, Les Presses Universitaires de France, 3.ª ed., 1961, p. 6, online in http://classiques.uqac.ca.

segunda-feira, 14 de março de 2022

sexta-feira, 11 de março de 2022

Com votos de bom fim de semana!

Joe Tilson, UH! OH! (1963)
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Joe Tilson, OH! (1963)

quinta-feira, 10 de março de 2022

Porque eu gosto de "spoilers"

Jacques-Louis David, Homer Reciting his Verses to the Greeks (1794)
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«Antes de representar uma tragédia, os gregos ouviam seu argumento, resumido num prólogo, e acompanhavam assim o desenrolar da ação sem o elemento de curiosidade pelo conteúdo que é estranho à serenidade da contemplação e da apreciação estética: aliás, conhecendo o tema, a essência do drama, podiam apreciar melhor a realização artística, o valor de todos os pormenores e de cada adjetivo».
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Bruno Zevi, Saber ver a arquitectura, São Paulo, Martins Fontes, 1996 (5.ª ed.), pp. 32 e 41.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Leiria

A pensar no meu sogro que faria anos hoje.
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«Pequena e pacifica cidade nas margens do rio Liz. Tem n’uma summidade as ruinas d’um velho caslello apalaçado em que habitou El-rei D. Diniz, e do qual se disfructa admiravel vista sobre os arrabaldes e sobre o mar, que fica a 23 kilometros».
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Guia do Amador de Belas-Artes, 1871, pp. 28-29.

terça-feira, 8 de março de 2022

Para o Dia Internacional da Mulher

Aurélia de Souza, À Sombra (1900-1910, Museu do Abade de Baçal, Bragança)
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Lembrando Aurélia de Sousa (1866-1922), cujo centenário da morte irá ser assinalado com a realização de um Catálogo Raisonné (cf. Pportodosmuseus.pt).
Numa nota bastante diferente, recomendo a série que ando a ver, Mrs. Maisel, que está na Amazon Prime:

segunda-feira, 7 de março de 2022

Parabéns MR!

Wayne Thiebaud, Happy Birthday Cake (1975)
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Votos de um dia muito feliz,
com tudo o que precisa e deseja,
com saúde e amigos,
multiplicado por muitos mais dias
e muitos mais anos!

sexta-feira, 4 de março de 2022

Da arte

Renoir, Au théâtre (La première sortie) (1876, National Gallery, Londres)
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«The point is, art never stopped a war and never got anybody a job. That was never its function. Art cannot change events. But it can change people. It can affect people so that they are changed... because people are changed by art – enriched, ennobled, encouraged – they then act in a way that may affect the course of events... by the way they vote, they behave, the way they think.»

quinta-feira, 3 de março de 2022

«Ainda o Columbano. E porque não? Ainda e sempre…» (Manuel Teixeira Gomes, 1939)

Columbano Bordalo Pinheiro, Retrato de Augusto Machado (1905, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa)
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Nascido em Lisboa, em 27 de Dezembro de 1845 (12 anos mais velho que Columbano), faleceu na mesma cidade em 26 de Março de 1924, estando nós, agora, a dois anos do centenário da sua morte. 
O compositor português foi retratado por Columbano num estilo que o artista adotou desde 1889 (no retrato de Antero de Quental), onde, inspirando-se no tenebrismo espanhol do século XVII (sobretudo de Velásquez), retratou as figuras ao nível do busto, fazendo emergir o rosto pálido do fundo escuro. Geralmente o rosto apresenta-se a três quartos (olhando o espectador), sendo que a barba escura acaba por fazer sobressair a parte superior da face, nomeadamente o olhar.
Dizia-se que Columbano era um pintor de almas e, de facto, as longas poses, durante as quais o artista podia conversar com o retratado, ajudariam a criar o ambiente propício para que o artista captasse a personalidade (a alma?) dos modelos e a reproduzisse na tela. 
Mas não venho agora divagar sobre essa questão, mas apenas observar que, na minha tese de Doutoramento, não tinha tido acesso a este retrato (por isso o reproduzi a preto e branco), sabendo muito pouco dele, assumindo uma data de cerca de 1911, porque correspondia à data em que foi exposto pela primeira vez. Afinal é seis anos anterior. O quadro foi agora (2021) doado pela bisneta de Augusto Machado ao Museu do Chiado, daí ter ressurgido a público. 
Nas minhas anotações, fui ver se tinha algo sobre esta obra e apenas descobri que há duas cartas de Augusto Machado no espólio de Columbano: uma de 29 de Dezembro de 1905 e a outra de 9 de Maio de 1918. Da primeira anotei a frase: «Não é bom o camarote que tomo a liberdade de lhe offerecer para a "Vénus"» - o que não sei a que se refere. Julgo que ele teria uma letra difícil, por isso tive dificuldade em lê-la (há uns 25 anos atrás). De qualquer modo,o espólio de Augusto Machado está na Biblioteca Nacional (desde 2009) e talvez um dia vá lá procurar cartas de Columbano para ele - e reler as cartas dele que estão no Chiado. 
Tudo isto se relaciona com projectos que não passaram do papel - da exposição das obras da neta de Augusto Machado, a pintora Maria Constança Machado (1904-1937) e do estudo do Espólio de Columbano, com reedição das cartas de Teixeira Gomes. Talvez um dia, quem sabe. Para já pensa-se num Catálogo Raisonné da obra de Columbano, o que já seria muito bom.
Para finalizar este "despejar" de ideias, na minha breve pesquisa, verifiquei que Augusto Machado teria em sua casa uma pintura de Columbano, o quadro No Pátio (1885, Casa-Museu Anastácio Gonçalves, Lisboa), obra comprada em 1947 à nora do músico. Como o quadro chegou a Augusto Machado seria um outro bom tema de pesquisa.

quarta-feira, 2 de março de 2022

Autorretratos no atelier

Gerrit Dou, Artist in His Studio (1630-1632)
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Francois Boucher, Le peintre dans son atelier (1730-1735)
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Columbano Bordalo Pinheiro, No meu atelier (1884, Museu Nacional Grão Vasco, Viseu)
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Julio Romero de Torres, Autorretrato joven (1898)
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Giorgio de Chirico, Self Portrait in the Studio (1935)

terça-feira, 1 de março de 2022

Em dia de Carnaval

Pieter Bruegel, o Velho, The Fight Between Carnival and Lent (1559, Kunsthistorisches Museum, Viena)