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«Viveu no centro da urbe entre o primeiro terço da Avenida da Liberdade, na área do Passeio Público que a precedeu e as proximidades do Cais do Sodré ou seja a vertente sul das colinas ocidentais que descaiem para o Tejo. Dificilmente se afastava deste cenário e menos de si próprio entre a sugestão evocativa pós-pombalina e romântica»
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Juvenal Esteves, «Columbano e a Cultura de Lisboa», Olisipo, n.º 149, 1986, pp. 109-115.
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Filipe Folque, Planta de Lisboa (detalhe) (1856-1858, Lxi)
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Reflexões:
1) Encontrei o artigo acima citado numa separata, na Biblioteca Nacional (há cerca de 20 anos), estando agora disponível na Hemeroteca Digital. Gostei de o reler, muito embora haja detalhes que podem ser desenvolvidos. Por exemplo: gostaria de saber onde viveu Columbano na Praça da Alegria. Aliás, a zona da Praça da Alegria parecia atrair artistas, o que eu acho que poderia ser um bom tema de estudo. A Vila Martel, ficava lá ao pé.
2) Na realidade, a geografia de Columbano ultrapassa este espaço, que apenas se circunscreve aos seus percursos habituais em Lisboa. Além de viagens para fora de Portugal (raras, é certo), nasceu em Cacilhas, viveu em Alcolena (Belém) e, por um curto espaço de tempo, nas Caldas da Rainha.
3) Andei a tentar conjugar a informação com a planta do Lxi. Usei a planta do Filipe Folque, embora os ateliers da Vila Martel sejam posteriores. Assinalei a azul os locais onde viveu, a verde a Praça da Alegria, a vermelho onde trabalhou e a roxo onde conviveu. Faltará aqui a Sociedade de Belas Artes, que fica mais para Norte. Mas nota-se que Columbano foi descendo a Avenida, em direção ao rio, ao longo dos seus 70 anos de vida.
4) Gosto de saber onde viveram e trabalharam os artistas. Outro dia descobri a casa onde nasceu Helena Vieira da Silva, na Rua das Chagas. O prédio é bem bonito e não fica nada longe das zonas de Columbano.
3 comentários:
Os envelopes da correspondência para Columbano não tem t~em morada? Ou as cartas são enviadas para o MAC?
Gosto muito de itinerários para saber onde viveram e que sítios frequentaram os artistas.
Boa tarde!
São indicações sempre interessantes e curiosas as deste seu trabalho.
E que eu gosto de ler.
Boa tarde.
MR - Já não me lembro bem, mas, se a memória não me falha, a correspondência que está no MNAC tinha o endereço do atelier ou da Escola de Belas-Artes. Teria de rever o assunto. Boa tarde!
APS - Fico feliz :-) Boa tarde!
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