Toponímia I

Armando Maia Serôdio, Largo das Alcaçarias (1964, Arquivo Municipal de Lisboa)

-

Continuando os Topónimos de Lisboa:

«Devidas às disposições particulares produzidas pela indústria humana:

Alcaçarias (tanques de curtimenta),
Alcáçova,
Alcântara (ponte),
Alfama (fonte quente),
Alfôfa (postigo),
Almocavar (cemitério dos mouros),
Borratém (poço da figueira),
Forno e fornos,
Forte,
Lumiar (?),
Moinho e Moinhos,
Olarias,
Pelourinho,
Poço,
Poiais,
Ponte, Pontinha,
Sete Castelos,
Sete Moinhos,
Telheiras,

E ainda os edifícios públicos e particulares:

Aljube
Almazem,
Alfândega,
Carneçarias,
Portagem,
Terreiro do Trigo (…)»
-
A. Vieira da Silva, «Origens e motivos dos topónimos de Lisboa», in Olisipo, N.º 47, Julho de 1949, pp. 149-150.

Viajar

Jacob van Strij, Italian landscape with travellers

-

«Nesse particular, importa evocar o Grand Tour, (...) expressão tomada pelos ingleses do francês que esteve na origem etimológica da palavra turista e parece ter sido utilizada pela primeira vez em 1670. Um périplo associado sobretudo aos jovens ingleses e à visita aos lugares emblemáticos da cultura clássica de Itália (...). Mas o Grand Tour nem sempre era empreendido por jovens, nem os viajantes eram todos de proveniência inglesa, nem tão-pouco se limitou à visita à Itália, estendendo-se a França ou até a toda a Europa (...)».

-

Nuno Gonçalo Monteiro e Fernando Dores Costa, D. João Carlos de Bragança, 2º Duque de Lafões - uma vida singular no século das luzes, Edições Inapa, Media Livros SA, 2006, p. 62.

Conselhos

Eugenio de Blaas, A Helping Hand (1884)

-

«Mais vale um conselho que dez avisos, mas mais vale uma ajuda que dez conselhos».

-

Louis Bottach,

in Luis Señor González, Dicionário de Citações e Provérbios, Correio da Manhã, 2004, p. 134.

Pentecostes

Jan Joest, Pentecost

E parabéns APS!

Com votos de um dia muito feliz

e em muito boa companhia!

(imagem de um bolo da internet)

 

Lendo ao Ar Livre XIX

Albert Aublet, Reading on the Garden Path (1883, via Gandalf’s Gallery)

Renoir vs. Maillol

Pierre-Auguste Renoir, Study of a Statuette by Maillol (c. 1907)

-

Aristide Maillol, Baigneuse Renoir (1907, © Sotheby's)

Conhecimento I

Yinka Shonibare, Girl Balancibg Knowledge III (2017)

-

«Mais vale conhecer coisas inúteis do que não saber nada».

-

Séneca,

in Luis Señor González, Dicionário de Citações e Provérbios, Correio da Manhã, 2004, p. 133.

Toponímia

Armando Maia Serôdio, Outeirinho da Amendoeira antes de remodelado (1962, Arquivo Municipal de Lisboa)

-

«Nos mais remotos tempos o que primeiro ocorria era derivar os topónimos ou de particularidades e acidentes dos locais, ou de nomes e alcunhas dos indivíduos que neles tinham residência ou propriedades.

Os primeiros ou podiam provir das disposições do terreno ou do local, quer devidas à natureza, quer à indústria humana, ou então às culturas e espécies vegetais do local, que feriam a atenção. Vamos citar alguns nomes de locais e vias públicas de Lisboa, tanto antigas como modernas, cuja origem se pode filiar nestas particularidades dos terrenos ou dos locais.

a) Devidas a circunstâncias naturais:

Achada (planície e meia encosta dum monte),
Águas Boas,
Algés (gipso, pedra de gesso?),
Arroios,
Baixa (entre os Montes do Castelo e de S. Francisco),
Barroca (rocha de barro ou piçarra),
Brancos da Sé (local perto da Igreja da Sé que não conseguimos identificar),
Bela Vista,
Boa Vista,
Combro (Cômoro?),
Costa (encosta do Monte do Castelo),
Furnas,
Lage,
Lapa,
Montes Claros,
Outeirinho,
Pedras Negras,
Pedreira,
Penha,
Rego, regueira, regueirão,
Ribeira (orla fluvial da Cidade),
Rio Seco,
Salitre (mina deste mineral),
Sete Rios (difíceis hoje de identificar),
Vale,
Vargem (várzea, campo plano semeado).»

(continua)  
-
A. Vieira da Silva, «Origens e motivos dos topónimos de Lisboa», in Olisipo, N.º 47, Julho de 1949, pp. 148-149.

Nota: Vieira da Silva refere a hipótese de Lisboa significar água boa, citando o Padre A. Veloso, «Esta palavra "Lisboa"», Brotéria, Fevereiro de 1949.

Com votos de boa semana!

Cristino da Silva (desenho) e e João Pedroso (gravura), «Egreja do Convento de Buçaco - Desenho de Christino - Gravura de Pedroso», in Archivo Pittoresco, N.º 11, 1862, p. 81.

 

Lendo ao Ar Livre XIX

John Singer Sargent, By the River (1885)

Para o Dia da Ascenção e da Espiga

 

The Ascension of Jesus Christ, gravura  de Nicolas Beatrizet a partir de uma obra de Raphael (ca. 1520-1565, Victoria & Albert Museum, Londres)

-

José Júlio de Sousa Pinto, In the Fields (Dans les Champs) (1892, National Gallery of Victoria, Melbourne)

Estrada de Sacavém

«Retiro A Perna de Pau, junto ao apeadeiro do Areeiro, na antiga Estrada de Sacavém» (arquivo Municipal de Lisboa)

-

«(...) A aludida Estrada tinha o seu começo na cunhal da Igreja de arroios, do lado da sacristia (...), e estendia-se até Sacavém, encontrando-se neste longo trajecto os Retiros também conhecidos por Hortas (...). A estas atraentes locandas acorriam todas as camadas sociais (...).

«Para se avaliar da frequência que utilizava a madeira rija dos bancos circundando as extensas e tôscas mesas destas mansões, (...) citarei, muito ao acaso, nomes da boa sociedade lisboeta: (...) Bulhão Pato, o laureado poeta; (...) dr. João Barreira; (...) D. Tomás de Mello; Vieira da Silva, etc.»-

-

João Monteiro, «A Estrada de Sacavém e o pitoresco dos seus retiros», in Olisipo, n.º 39, Julho de 1947, pp. 137-145.

Frases XVI

Joseph-Siffred Duplessis, Benjamin Franklin (c. 1785, National Portrait Gallery, Washington)

-

«Investir em conhecimento produz sempre os melhores juros».

-

Benjamin Franklin,

in in Luis Señor González, Dicionário de Citações e Provérbios, Correio da Manhã, 2004, p. 133.

Com votos de boa semana!

Victor Gilbert, La marchande de fleurs (1878)

Nos 15 anos do blogue!

Wayne Thiebaud, Lemon Cake (1997)

-

Com um grande agradecimento a todos os visitantes, especialmente aqueles com quem estabeleci relações de amizade.

-

Por curiosidade estatística:

Post mais visualizado: «A Natureza Morta - Evolução Histórica (15 de Outubro de 2013)»

Joachim Beuckelaer, The well-stocked kitchen, with Jesus in the house of Martha and Mary in the background (1566, Rijksmuseum Amsterdam)

Artista mais referido: Columbano Bordalo Pinheiro

Columbano Bordalo Pinheiro, O Grupo do Leão (1885, Museu Nacional de Arte Contemporânea)

Tema mais referido: Paisagem

Aurélia de Souza, Moinho de Vento (Granja) (Câmara Municipal de Matosinhos)

Ano em que fiz mais posts: 2010 - 332

3 Primeiros Países de origem dos visitantes:

Estados Unidos

Portugal

Brasil

Para o Dia de Nossa Senhora de Fátima

 

«Inauguração da Nova Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima», in Ilustração, N.º 309, 1 de Novembro de 1938, p. 7.

Com votos de bom fim de semana!

James Tissot, Spring Morning (c.1875, Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque - via Gandalf's Gallery)

Na Avenida Almirante Reis

Eduardo Portugal, Avenida Almirante Reis (antes de 1939, Arquivo Municipal de Lisboa)

-

«(…) no cimo da subida, já na nova avenida, primeiro dos Anjos, depois de D. Amélia e agora Almirante Reis, o grande prédio, tendo uma enorme palmeira com uma cobra enrolada no tronco, emblema da farmácia, propriedade do farmacêutico João Bezelga, cujas excentricidades a anedotas ainda hoje são lembradas. Era este farmacêutico autor dum livro de versos “As canções da Arada”, publicado em 1903 e dedicado ao Prof. Custódio Cabeça. Desse livro não resisto a reproduzir aqui os seus primeiros versos, de mais a mais porque têm sabor lisboeta, visto terem sido feitos a Santo António e para as festas da noite do mesmo Santo na demolida Praça da Figueira:

Milagroso Santo António

Fazei-me o milagre a mim,

Trazei-me de lá dos Céus

Um bigodinho… sim?

Não quero com grandes barbas

Causar medo à namorada,

Não quero que me confundam

Com algum ladrão de estrada.

Não quero pêra comprida

Que me assemelhe a algum bode,

Não quero mosca atrevida,

O que eu quero… é um bigode».

-

Eduardo Augusto da Silva Neves, «Do Sítio do Intendente», in Olisipo, N.º 50, Abril de 1950, pp. 73-74.

Frases XV

Christian Horneman, Portrait of Ludwig van Beethoven (1803)

-

«Uma palavra afável nada faz perder»

-

Ludwig van Beethoven,

in Luis Señor González, Dicionário de Citações e Provérbios, Correio da Manhã, 2004, p. 127.

Afinidades XC

Gustave Courbet, Une dame espagnole (1855, Philadelphia Museum of Art, Philadelphia)

-

Paula Rego, The Policeman's Daughter (1987)

Com votos de boa semana!

Laurits Andersen Ring, Breakfast with the Morning Newspaper (1898)

Para o Dia da Mãe

Sandro Botticelli, Madonna del Magnificat (1483, Galeria degli Uffizi, Florença)

Lendo ao Ar Livre XVIII

Valentine Cameron Prinsep, Lady Tennyson on Afton Downs, Freshwater Bay, Isle of Wight (c. 1880, © Artnet)

Frases XIV

Eça de Queirós na sua última residência de Neuilly (c. 1893, in Biblioteca Nacional)

-

«Não há nada mais difícil do que ser-se claro e breve. É preciso ser-se um génio».

-

Eça de Queirós,

in in Luis Señor González, Dicionário de Citações e Provérbios, Correio da Manhã, 2004, p. 122.

Afinidades XC

Carl Fröschl, In the Hammock

-

Aurélia de Souza, À Sombra (1900-1910, Museu do Abade de Baçal, Bragança)

Serralves

O Museu

Rivane Neuenschwander

Carla Filipe, Amanhã não há Arte (2019)

Texto de Agustina Bessa Luís

Paula Rego, A Grande Seca (1976)

O Jardim

Claes Oldenburg, Colher de Jardineiro (2001)

Olafur Eliasson, O Vórtex Curioso (2019)

Anish Kapoor, Espelho do Céu (2018)

No 1.º de Maio

Walter Crane, The Triumph of Labour, Designed to commemorate the International Labour Day, May 1, 1891, and dedicated to the wage-workers of all countries (1891)

-

Cf. B. G. Konody, The art of Walter Grane, Londres, George Bell & Sons, 1902, p. 214.