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Fui ontem à Hemeroteca de Lisboa, onde já não ia há algum tempo. Senti que ainda está longe de ser uma biblioteca moderna e o seu espaço parece decadente, apesar das obras de preservação do edifício. Contudo, notei pela primeira vez na beleza do espaço, da escadaria e do salão nobre, sobretudo pelos estuques dos tectos.
Aindei à procura de informação e encontrei menos do que esperava.
No entanto, aqui vai algo que descobri:
«Localização: Rua São Pedro de Alcântara, n.ºs 1-3, Freguesia da Encarnação.
Este palácio era propriedade do conselheiro Bartolomeu dos Mártires Dias e Sousa, o qual (...) faleceu, em Lisboa, em 7 de Janeiro de 1882, efectuando-se a transmissão de título de propriedade deste prédio para sua filha Sofia Adelaide (...). Foi após esta herança que este edifício adquiriu a designação de Palácio dos Condes de Tomar, isto porque D. Sofia Adelaide era condessa de Tomar, tendo adquirido o título através do seu casamento com António Bernardo de Costa Cabral, 2.º conde de Tomar, o primogénito do ministro Costa Cabral. A decoração interior em estuque dos tectos, a escaiola de manufactura tradicional da escadaria e o revestimento a couro gravado a ouro brasonado da sala de jantar deste palácio, tal como o próprio nome de Palácio dos Condes de Tomar, são posteriores a 1882, e devem-se a estes condes de Tomar que passaram a habitar o palácio. A partir dos anos 20 do século XX, vemos o palácio alugado. Um dos seus inquilinos mais duradouros foi o The Royal British Club, que ocupou o espaço de 24 de Maio de 1926 a 21 de Janeiro de 1966.
Em 17 de Junho de 1969, a Câmara Municipal de Lisboa, por proposta do Presidente António Vitorino França Borges, adquiriu o palácio por escritura (...)
O palácio foi, depois, atribuído à Direcção dos Serviços Centrais e Culturais, para instalar em Outubro de 1973, a Hemeroteca Municipal de Lisboa, que é uma biblioteca camarária especializada em publicações periódicas, equipamento este que ainda se encontra em funcionamento no velho Palácio dos Condes de Tomar».
Este palácio era propriedade do conselheiro Bartolomeu dos Mártires Dias e Sousa, o qual (...) faleceu, em Lisboa, em 7 de Janeiro de 1882, efectuando-se a transmissão de título de propriedade deste prédio para sua filha Sofia Adelaide (...). Foi após esta herança que este edifício adquiriu a designação de Palácio dos Condes de Tomar, isto porque D. Sofia Adelaide era condessa de Tomar, tendo adquirido o título através do seu casamento com António Bernardo de Costa Cabral, 2.º conde de Tomar, o primogénito do ministro Costa Cabral. A decoração interior em estuque dos tectos, a escaiola de manufactura tradicional da escadaria e o revestimento a couro gravado a ouro brasonado da sala de jantar deste palácio, tal como o próprio nome de Palácio dos Condes de Tomar, são posteriores a 1882, e devem-se a estes condes de Tomar que passaram a habitar o palácio. A partir dos anos 20 do século XX, vemos o palácio alugado. Um dos seus inquilinos mais duradouros foi o The Royal British Club, que ocupou o espaço de 24 de Maio de 1926 a 21 de Janeiro de 1966.
Em 17 de Junho de 1969, a Câmara Municipal de Lisboa, por proposta do Presidente António Vitorino França Borges, adquiriu o palácio por escritura (...)
O palácio foi, depois, atribuído à Direcção dos Serviços Centrais e Culturais, para instalar em Outubro de 1973, a Hemeroteca Municipal de Lisboa, que é uma biblioteca camarária especializada em publicações periódicas, equipamento este que ainda se encontra em funcionamento no velho Palácio dos Condes de Tomar».
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In Revelar Lisboa.
2 comentários:
muito bonita a foto e muito interessante o texto.
Esta tua foto parece uma pintura.
Nao conhecia a historia deste palacio. Obrigada por esta partilha. :-)
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