quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Castelo de Almourol

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«A sua história conhecida e registada por achados arqueológicos no local remonta à época da ocupação romana da Península Ibérica, por volta do século II a.C., que se apoderaram do que então seria um castro lusitano ilhado no meio do Tejo. Mais tarde, alanos, visigodos e mouros também ali assentaram arraiais, até que, em 1129, o primeiro rei de Portugal tomou de assalto e conquistou esta fortaleza estratégica, situada pouco a jusante da confluência do Tejo com o rio Zêzere. 
Antes disso já Almourol havia sido palco de outras histórias, desta feita de amor e que facilmente se converteram em lendas. Entre as mais populares está o episódio dramático que relata o amor proibido entre a filha de um cruel senhor feudal godo e um pagem mouro, e o de uma princesa mourisca, de seu nome Ari, que se deixou encantar por um cavaleiro cristão, o que lhe valeu ficar “peada” (com a perna presa por uma corda) a mando de seu pai. Com a história da Ari “peada” surgiu Arripiada que, com o correr dos tempos, resultou em Arripiado, nome de uma pitoresca aldeia à beira-Tejo, situada um pouco a Norte de Barquinha e de Tancos. Tudo passado aqui no castelo de Almourol – ou como também foi conhecido, fortaleza Almorolan, do árabe “pedra alta” –, com violentas paixões e mortes à mistura.
Reedificado em 1171 por Gauldim Pais, mestre dos Templários e monge-cavaleiro a quem D. Afonso Henriques havia doado Almourol, foi aos poucos perdendo relevância na luta pela Terra Santa, dado o avanço dos combates e das conquistas para Sul por parte dos cruzados lusitanos. Entretanto, já no reinado de D. Dinis (de 1279 a 1325), dá-se a extinção da Ordem dos Templários, com todos os seus bens e direitos a passarem para as mãos da Ordem de Avis. Daí em diante Almourol sofreu várias alterações, com algumas das mais profundas a serem levadas a cabo já no século XIX e ao longo de grande parte do seguinte».
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Miguel Satúrio Pires, in  Rotas & Destinos.

3 comentários:

ana disse...

As fotografias estão muito bonitas.
O local é de facto especial. Há sítios que são intemporais e parece que pertencem aos deuses.
:)

Margarida Elias disse...

É verdade. Nunca lá tinha ido e gostei muito.
Bom dia!

Presépio no Canal disse...

Suspiro...