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sábado, 30 de junho de 2012
O ano de 1989
Jivya Soma Mashe, Danseurs Tarpa autour d'un musicien (2003, Stiftung Museum Kunst Palast, Düsseldorf).
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«A simetria perfeita entre a queda do muro da vergonha e o desaparecimento da natureza ilimitada só não é vista pelas ricas democracias ocidentais. De fato, os socialismos destruíram ao mesmo tempo seus povos e seus ecossistemas, enquanto os do Ocidente setentrional puderam salvar seus povos e algumas de suas paisagens destruindo o resto do mundo e jogando os outros povos na miséria. Dupla tragédia: os antigos socialismos pensam poder remediar seus dois problemas imitando o Oeste; este acredita ter escapado aos dois e poder, na verdade, ensinar lições enquanto deixa morrer a Terra e os homens. Acredita ser o único a conhecer o truque que permite ganhar sempre, justamente quando talvez tenha perdido tudo.
Quer sejamos anti-modernos, modernos ou pós-modernos, somos todos mais uma vez questionados pela dupla falência do miraculoso ano de 1989. (...)».
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Bruno Latour (1994). Jamais fomos modernos. Ensaio de Antropologia Simétrica. Rio de Janeiro : Edirora 34, pp. 14-15.
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2 comentários:
Gostei do trecho. O livro "Ensaio de Antropologia Simétrica" deve ser interessante. Está a gostar, Margarida?
Também gostei dos dançarinos, atrai para o centro, o centro do Mundo!
Beijinho.
Já li o livro. É interessante porque levanta muitas questões pertinentes. Gosto muito da sua observação sobre esta pintura - é verdade. Bjs!
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