Termas dos Cucos (Torres Vedras, 2012).
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A utilização terapêutica das águas e lamas dos Cucos teve início em 1746, quando o cirurgião Máximo Moniz de Carvalho as pôs em uso para a medicina. Em 1866, foi nomeada uma Comissão para o estudo das águas minerais, chefiada pelo médico Tomás de Carvalho (1819-1897). A decisão de se fazer um estabelecimento termal foi responsabilidade de José Gonçalves Dias Neiva (natural de Fragoso), proprietário do terreno e que encomendou a execução das termas ao engenheiro António José Freire. No ano de 1890, foi construído o balneário e data de 30 de Setembro de 1892 o Decreto que determinou o aproveitamento das nascentes e a exploração dos estabelecimentos balneares. O alvará de licença fez-se em 25 de Outubro de 1893, sendo nesse mesmo ano inauguradas as Termas. No final do século XIX, estava criada a Estância Termal, com Balneário, Praça das Termas, Avenida das Termas, Casino (1896) e habitações – as vivendas D. Feliciana (1895) e D. Maria (1896). As suas águas e lamas serviam para o tratamento do reumatismo, gota, artritismo e afecções cutâneas. Por aqui passaram várias pessoas que marcaram a história de Portugal: em 1893, a Condessa d’Edla (1836-1929), viúva do rei D. Fernando II; entre 1902 e 1907, o médico Egas Moniz (1874-1955); e, em 1920, o Presidente da República António José de Almeida (1866-1929).
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Bibl.: FREIRE, Justino Xavier Da Silva, FREIRE, Antonio Jorge (1894), Portugal: Thermas Dos Cucos (Torres Vedras), Estabelecimento Balnear e Hydrotherapico e Lamas Minero Medicinaes. Relatorio da Epoca Balnear de 1893, Lisboa, Typ. Costa Braga; VIEIRA, José António Neiva, História das Termas do Vale dos Cucos, Separata de «O Médico», n.º 676, 1964.