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Neste Domingo consegui (finalmente) visitar a Igreja de Nossa Senhora da Penha de França. Fui passear com o meu marido à Almirante Reis e comentei com ele que desejava muito ir a essa igreja. Sem entrar em detalhes demasiados, basta dizer que no regresso fizemos um caminho que nos foi dar lá. E com muita sorte, pois na hora em que chegámos apareceu um senhor que cuida da igreja e que a abriu, porque se aproximava a hora da missa.
A devoção a Nossa Senhora da Penha de França tem origem em Espanha, no séc. XV, quando um monge de nome Simón Vella descobriu uma imagem de Nossa Senhora enterrada numa Penha chamada Peña de Francia.
No caso de Lisboa, diz-se que no lugar onde hoje está o Santuário, um homem devoto adormeceu. Uma cobra atacou-o, mas foi salvo por um lagarto, por intercessão de Nossa Senhora.
Segundo o
SIPA, o Santuário tem origem em 1597, na sequência de um voto do imaginário António Simões, em Alcácer-Quibir. Este executou uma imagem da Senhora, a que deu a denominação de Nossa Senhora da Penha de França. Pouco depois, ele e a sua mulher desejaram construir uma capela para a nova imagem e solicitaram a Afonso de Torres e Magalhães e a sua mulher, D. Constança de Aguilar, uns terrenos para a sua edificação, no local denominado Cabeça de Alperce, o que foi atendido.
A primeira pedra da Igreja foi lançada a 25 de Março de 1598. Três anos depois (1601), António Simões e sua mulher doaram a ermida aos Eremitas Calçados de Santo Agostinho do Convento de Nossa Senhora da Graça de Lisboa. Entre 1625 e 1635, edificou-se uma nova igreja com convento, sob desenho do arquitecto Teodósio de Frias. O Terramoto de 1755 causou danos consideráveis, sendo o Mosteiro reconstruído, segundo orientação do arquitecto Aires da Cunha.
Mural de Leonor Brilha, O Lagarto da Penha (2003)
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Sobre este assunto, cf. também o site do Projecto
LxConventos, com bibliografia e fotografias, incluindo da zona conventual, que não pude visitar.