Eduardo Harrington Sena, Poligonal (1954, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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“A arte é sempre a expressão duma relação do homem com o mundo que o rodeia. A arquitectura é especificamente a expressão duma relação justa com a paisagem e com o mundo social. Fora destas coordenadas só há má arquitectura.
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Acima de tudo é preciso evitar a falta de amor. De todas as artes a arquitectura é simultaneamente a mais abstracta e a mais ligada à vida. Aqueles que não amam nem o espaço, nem a sombra, nem a luz, nem o cimento, nem a pedra, nem a cal, nem o próximo, não poderão criar boa arquitectura.”
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Sophia de Mello Breyner Andresen, “Pelo Negro da Terra e Pelo Branco do Muro”, 1963, in Maria Gonçalves Frazão da Rocha Pinto, A habitação corrente de época pré-industrial em Lisboa: o caso do Bairro da Bica, Dissertação para obtenção do Grau de Mestre, Instituto Superior Técnico, 2013.
2 comentários:
Bom texto e muito adequado ao momento que vivemos em Lisboa, em que tanto se discute as intervenções dos arquitectos no centro histórico. Por vezes, parece que há arquitectos que não gostam da cidade onde vivem, tal é a violência das suas intervenções. Também acredito nessa noção de relação justa com a paisagem e com o mundo social, que a arquitectura deve ser a expressão. Mas parece que equilíbrio e harmonia são conceitos considerados fora-de-moda por muitos arquitectos
LuisY - Concordo inteiramente consigo e espero que o equilíbrio e a harmonia, bem como o respeito pelo passado arquitectónico, voltem a estar na moda. Já o Siza Vieira dizia: «Aos arquitectos compete, se tal lhes for permitido, preservar património tanto como criá-lo (...). No que à História pertence, que o façam com rigor intransigente, afastando a tentação de deixar alguma assinatura por demais perceptível; para tal existe o campo vasto do que se vai construindo nos novos territórios (na condição de não comprometer o tecido, mais compacto ou menos, que a junção de casas consente).» Bjos!
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