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Odilon Redon, Fear (1866, Art Institute of Chicago, Chicago)
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«Fear is not real. The only place that fear can exist is in our thoughts of the future. It is a product of our imagination, causing us to fear things that do not at present and may not ever exist. (...) Do not misunderstand me, danger is very real, but fear is a choice».
«Estrutura arquitectónica, geralmente de madeira, mas também de ferro ou cimento, de forma triangular, destinada a suportar o peso de um tecto de duas águas. Na sua composição típica é formada por uma trave na base (corrente), sobre a qual se apoiam duas traves oblíquas (pontões), e uma central (frade) que une o vértice do triângulo assim formado com o centro da corrente. As coberturas em asna eram utilizadas já pelos romanos nas basílicas, mas difundiram-se sobretudo durante a Idade Média nas igrejas, onde eram deixadas à vista e adornadas com ricas decorações. Muito utilizadas também no período gótico, sobretudo em Inglaterra, conhecem um período de abandono durante o Renascimento e Barroco, mas voltam a estar em voga no século XIX, como elemento construtivo em ferro ou em aço dos grandes edifícios públicos (exposições, estações ferroviárias».
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In Dicionário de Termos Artísticos e Arquitectónicos, Público, 2006, pág. 44.
«Principalmente chamo DESEGNO Aquella Idea criada no Entendimento Criado : que Emita ou quer Emitar as Eternas e Divinas Siencjas Increadas. Com que o Muiyto Poderoso SENHOR DEOS Criou todas as obras que vemos. E Comprende todas As obras que tem Invenção, ou forma, ou fermosura, ou proporção, ou que a espera de ter assi Interiores nas Ideas, como Exteriores na obra (...)».
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Francisco de Holanda, Lembrança Ao muyto Serenissimo e Christianissimo Rey Dom Sebastiam: De quãto Serve A Sciencia do Desegno e Etendimento da Arte da Pintura, na República Christam Asi na Paz Como na Guerra (Lisboa, 1571). In Jorge Segurado, Francisco d'Ollanda, Lisboa, Edições Excelsior, 1970, página 140.
De acordo com o site da artista: «A grain of sand collected from the Sahara Desert was chiseled to 0.00005mm using special techniques in nanotechnology. This new minute grain of sand was then taken back to the Sahara and buried deep within its vast expanse».
Hoje começam as aulas dos meus filhos, mas até dia 23, oficialmente, continua a ser Verão. E parece-me que ainda vêm dias de calor, pelo menos até o início de Outubro. À custa disso, tenho-me lembrado que, antigamente, em Setembro era altura de férias - e as aulas só começavam depois do 5 de Outubro.
De uma leitura que eu pretendo fazer com mais calma (porque o tema me interessa), fica aqui um pequeno trecho, sobre a história da vilegiatura balnear marítima:
«É verdade que o século XX viu nascer uma série de novas praias de
banhos, bem como o crescimento considerável de muitas outras mas, até aos
meados do século, são ainda os “Estoris”, Figueira da Foz e Espinho, ou
seja, as mais importantes estâncias balneares do século XIX, que oferecem
melhores condições de estadia aos visitantes, quer em alojamento (boas
casas e bons hotéis), quer em equipamentos recreativos, capazes de trazer
clientela estrangeira de qualidade. Em 1932, o Estoril “atraíra já 2.500
hóspedes estrangeiros por uma média de dezoito dias, dobrando as dormidas
registadas no conjunto dos três mais frequentados hotéis lisboetas, o
Avenida Palace, o Metropole e o Europa”».
« Si je descendais, par des rues toujours différentes, vers le jardin du Luxembourg, l’après-midi, je pouvais marcher dans les allées, et ensuite entrer au musée du Luxembourg où se trouvaient des tableaux dont la plupart ont été transférés au Louvre ou au Jeu de Paume. J’y allais presque tous les jours pour les Cézanne et pour voir les Manet et les Monet et les autres Impressionnistes que j’avais découvertes pour la première fois à l’Institut artistique de Chicago. Les tableaux de Cézanne m’apprenaient qu’il ne me suffirait pas décrire des phrases simples et vraies pour que mes œuvres acquièrent la dimension que je tentais de leur donner. J’apprenais beaucoup de choses en contemplant les Cézanne mais je ne sauvais pas m’exprimer assez bien our l’expliquer à quelqu’un. En outre, c’était un secret. Mais s’il n’y avait pas assez de lumière au Luxembourg, je traversais le jardin et gagnais le studio où vivait Gertrude Stein, 27, rue de Fleurus ».
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Ernest Hemingway, Paris est une fête, in Danielle Mérian (Pref.), Paris sera toujours une fête, Gallimard, 2016, pp. 91-92.
A aguarela, acima reproduzida, foi pintada pela minha avó materna, em 1940. O quadro estava cá em casa e outro dia caiu, partindo-se o vidro da moldura. Ao retirá-lo da moldura, qual não foi a minha surpresa verificar que, atrás, tinha esta outra pintura (em baixo). Não sei se é também da minha avó, porque a assinatura está tapada. Segundo a minha mãe, representará uma cena do livroO Sheik de E. M. Hull (1919), o que é bem possível. O curioso é que nunca tinha ouvido falar deste livro, e hoje vi-o à venda num alfarrabista do Centro Comercial do Campo Pequeno.
Venho agradecer aqui as prendas que ontem, num belo jantar, me foram oferecidas. Da MR, veio uma colecção de postais (coloquei aqui o mês de Setembro), e um marcador de livros, com uma pintura de Degas e uma frase da Simone Weil.
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Da Sandra, um livro sobre um dos meus artistas preferidos, Anton Pieck. Ficam umas fotografias que tirei de algumas ilustrações:
Entre 2004 e 2011, vivi no Ameal, perto do Ramalhal (Torres Vedras), onde se realizam anualmente as Festas de Nossa Senhora da Ajuda, de que já aqui falei. Como essa festa se realiza no segundo fim de semana de Setembro, este ano, o Domingo coincide com o dia de celebração do Nascimento da Virgem - e aqui ficam algumas pintura sobre este tema.
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Domenico Ghirlandaio, The Birth of Mary(1486-1490, Santa Maria Novella, Florença)
« Le seul véritable voyage, ce ne serait pas d’aller vers de nouveaux paysages, mais d’avoir d’autres yeux, de voir l’univers avec les yeux d’un autre, de cent autres, de voir les cent univers que chacun d’eux voit, que chacun d’eux est ».
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Marcel Proust, À la recherche du temps perdu, in Danielle Mérian (Pref.), Paris sera toujours une fête, Gallimard, 2016, p. 59.
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Nota: Já tinha colocado esta citação aqui no blogue, mas incompleta. Descobri-a de novo no livro Paris sera toujours une fête, que me me foi amavelmente oferecido pela Paula e o Rui Lima. A propósito da frase, deixo também umas referências aos locais por onde eu e o meu marido passámos, depois de nos casarmos, desde a Noite de Núpcias até à Lua de Mel.
Há uns tempos (cerca de 1 ano) revisitei a Igreja de Colares e trouxe de lá um pequeno folheto (da Paróquia de Colares), onde fala da história do edifício, classificado como Monumento de Interesse Público, desde 2013. De acordo com esse folheto a primeira padroeira de Colares foi Nossa Senhora de Melides, cuja origem remonta à conquista de Sintra aos mouros. Nossa Senhora terá aparecido aos cristãos dizendo: «Ide, que mil ides!». Foi em memória do prodígio que se construiu no local uma ermida. Em 1442, a Igreja, que já nada teria a ver com a ermida, já se denominava Santa Maria de Colares. Em 1650, a padroeira era Santa Maria da Misericórdia, depois passou a ser Nossa Senhora da Assunção. Antes dessa data, em 1638, D. Diniz de Melo e Castro, que era na altura Bispo de Viseu (da Guarda desde 1639), ordenou, sob o seu mecenato, a reconstrução da Igreja, executado pelo mestre pedreiro André Duarte, com orientação de Pedro Nunes Tinoco (segundo o site da DGPC).
A actual Igreja, de fundação quinhentista, é uma igreja-salão de estilo chão, cujas paredes laterais exteriores são reforçadas por cinco contrafortes de pilastras toscanas. No lado da capela-mor estão dois medalhões do século XVI, representando São Pedro e São Paulo. Na fachada principal, terminada em frontão triangular, está o portal principal sobrepujado por janela e óculo. Do lado direito fica a torre sineira, com relógio, datada de 1798. O interior apresenta uma larga nave coberta por abóbada de berço, com capelas laterais. Destacam-se os azulejos de tapete das paredes, do século XVII; a pia baptismal (1604), a pia de água benta (manuelina) e o púlpito quinhentista. A capela-mor é precedida de arco triunfal, encimado pela imagem de Cristo. Aqui sobressaem os azulejos do século XVIII, atribuídos a Manuel dos Santos, que figuram cenas da Vida da Virgem. O retábulo barroco (1701), é de João Antunes. Com o Terramoto de 1755, a Igreja foi danificada, sendo a reconstrução efectuada em 1781.