quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Colares

Fachada Principal (Fotografia do site da DGPC)
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Há uns tempos (cerca de 1 ano) revisitei a Igreja de Colares e trouxe de lá um pequeno folheto (da Paróquia de Colares), onde fala da história do edifício, classificado como Monumento de Interesse Público, desde 2013. De acordo com esse folheto a primeira padroeira de Colares foi Nossa Senhora de Melides, cuja origem remonta à conquista de Sintra aos mouros. Nossa Senhora terá aparecido aos cristãos dizendo: «Ide, que mil ides!». Foi em memória do prodígio que se construiu no local uma ermida. Em 1442, a Igreja, que já nada teria a ver com a ermida, já se denominava Santa Maria de Colares. Em 1650, a padroeira era Santa Maria da Misericórdia, depois passou a ser Nossa Senhora da Assunção. Antes dessa data, em 1638, D. Diniz de Melo e Castro, que era na altura Bispo de Viseu (da Guarda desde 1639), ordenou, sob o seu mecenato, a reconstrução da Igreja, executado pelo mestre pedreiro André Duarte, com orientação de Pedro Nunes Tinoco (segundo o site da DGPC).
A actual Igreja, de fundação quinhentista, é uma igreja-salão de estilo chão, cujas paredes laterais exteriores são reforçadas por cinco contrafortes de pilastras toscanas. No lado da capela-mor estão dois medalhões do século XVI, representando São Pedro e São Paulo. Na fachada principal, terminada em frontão triangular, está o portal principal sobrepujado por janela e óculo. Do lado direito fica a torre sineira, com relógio, datada de 1798. O interior apresenta uma larga nave coberta por abóbada de berço, com capelas laterais. Destacam-se os azulejos de tapete das paredes, do século XVII; a pia baptismal (1604), a pia de água benta (manuelina) e o púlpito quinhentista. A capela-mor é precedida de arco triunfal, encimado pela imagem de Cristo. Aqui sobressaem os azulejos do século XVIII, atribuídos a Manuel dos Santos, que figuram cenas da Vida da Virgem. O retábulo barroco (1701), é de João Antunes. Com o Terramoto de 1755, a Igreja foi danificada, sendo a reconstrução efectuada em 1781.

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