quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Da Memória e da Arquitectura

Barão de Eschwege, Alçado Este do Palácio Nacional da Pena, Projecto Inicial (1840-1850, Palácio Nacional da Pena)
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«Com efeito, a aventura da humanidade e das civilizações que a viveram exclui não apenas (...) a estagnação do tempo, mas também a amnésia (…). A aventura da humanidade funda-se e alimenta-se da memória do passado mental e material, sempre diferente, das diferentes civilizações que tiveram necessariamente de se apropriar dele para poderem superá-lo e transformá-lo conforme as suas identidades respectivas. Substituir, transmitir e dar a viver, pela mediação dos seus traços espaciais, a memória das gerações sucessivas é exactamente o papel que John Ruskin atribuía à arquitectura do passado, sob todas as suas formas, ao afirmar que sem a arquitectura “não somos capazes de relembrar”».
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Françoise Choay, Património e mundialização, Évora, Casa do sul Editora, 2005, p. 21. A citação de John Ruskin é do livro The seven lamps of architecture, The lamp of memory, Vol. II, Londres, Dent & Sons, 1956, p. 182.

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