José Malhoa, Os Colegas (1905)
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sexta-feira, 30 de abril de 2021
quinta-feira, 29 de abril de 2021
Para o Dia Mundial da Dança
Salvador Dalí, Deux Danseurs (1949)
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Este desenho de Salvador Dalí, que está numa colecção privada, tem a a inscrição, em baixo: «Para la Princesa Marta i el Archiduque Francisco José con la afección sincera de su amigo Salvador Dalí 1949».
Faz-me lembrar umas caricaturas de Rafael Bordalo Pinheiro. A primeira surgiu n’ O Mosquito, de 14 de Abril de 1877, sendo intitulada Metamorfoses – o Delírio da Valsa, em que um homem de tanto girar se transforma em parafuso. A sequência (ou complemento) desta caricatura foi publicada n’ O António Maria, de 28 de Outubro de 1880, nos Episódios do “Cotillon” no baile da Associação Naval. O protagonista teme dançar a valsa, pois receia que o «vórtice» o «subverta» e o aparafuse ao chão.
A metamorfose da valsa teve sucesso, inspirando um desenho de Cândido Aragonez de Faria, publicado em La Caricature de 17 de Março de 1883.
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quarta-feira, 28 de abril de 2021
Do campo, dos livros, etc.
Joan Miró, The Wagon Tracks (1918)
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Gosto muito de Miró e também desta obra dele (que também vi intitulada de The Rut e de L'Ornière), que se destaca bastante dos seus trabalhos posteriores.
Entretanto, ontem comprei um livro de Henry David Thoreau, Andar a Pé, que estou com muita vontade de ler - mas, para ser sincera, ainda não entendi qual o título original da obra, nem em que data foi originalmente publicada.
Poderia fazer um post sobre as traduções dos títulos (cinema, quadros, livros,...) mas não o irei fazer.
Aprecio muito o pouco que conheço de Thoreau e também aprecio andar a pé, e foi por isso este livro me seduziu imediatamente - sendo que eu já quase não compro livros para mim, até porque, entre os livros emprestados e os livros que me ofereceram (mais os livros que tenho para ler por dever de trabalho), a minha pilha de livros, que ainda está por ler, cresce exponencialmente todos os dias. E, a propósito, vem este desenho, que vi ontem, de Grant Snider:
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terça-feira, 27 de abril de 2021
Afinidades LVI
Gerrit van Honthorst, Grupo musical num balcão (1622, Paul Getty Museum, Los Angeles)
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Columbano Bordalo Pinheiro, Tecto da sala de baile do Palácio do Conde de Valenças (1891, Lisboa)
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segunda-feira, 26 de abril de 2021
Porque ontem foi também Dia de São Marcos
E eu gostaria muito de um dia visitar Veneza.
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Pierre-Auguste Renoir, A Praça de São Marcos, Veneza (1881)
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Federico del Campo, La Basillica de San Marco (1895)
domingo, 25 de abril de 2021
Com votos de Feliz 25 de Abril!
Aqui vão uns cravos, alusivos ao dia:
Jean Bourdichon, Horae ad usum Romanum, dites Grandes Heures d'Anne de Bretagne (1503-1508, © Gallica)
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sexta-feira, 23 de abril de 2021
Dia Mundial do Livro
Pierpaolo Rovero, Paris Writes
Para o dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, Luís Barata colocou na sua página do Facebook uma pintura de Pierpaolo Rovero, o que me permitiu descobrir este pintor que não conhecia. Por isso, aqui reproduzo outro trabalho dele - que faz lembrar uma obra que aqui postei de Ilya Milstein. Entretanto, ficam aqui, também, outras obras alusivas ao dia, mas de outros autores.
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Pierre-Auguste Renoir, Madame Monet reading (c. 1872)
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Joaquín Sorolla, Clotilde en el Estudio (1900, Museu Sorolla, Madrid)
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Guy Rose, Marguerite (1918, in Old Paint)
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quinta-feira, 22 de abril de 2021
Continuando...
William Harnett, Job Lot Cheap (1878, Reynolda House Museum of American Art, Winston-Salem)
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John Frederick Peto, Take your Choice (1885, National Gallery of Art, Washington)
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Livros
John F. Peto, Job Lot Cheap (c. 1901-1907, De Young Museum, São Francisco)
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Descoberta da Literatura
No dia-a-dia do engenho,
toda a semana, durante,
cochichavam-me em segredo:
saiu um novo romance.
E da feira do domingo
me traziam conspirantes
para que os lesse e explicasse
um romance de barbante.
Sentados na roda morta
de um carro de boi, sem jante,
ouviam o folheto guenzo,
a seu leitor semelhante,
com as peripécias de espanto
preditas pelos feirantes.
Embora as coisas contadas
e todo o mirabolante,
em nada ou pouco variassem
nos crimes, no amor, nos lances,
e soassem como sabidas
de outros folhetos migrantes,
a tensão era tão densa,
subia tão alarmante,
que o leitor que lia aquilo
como puro alto-falante,
e, sem querer, imantara
todos ali, circunstantes,
receava que confundissem
o de perto com o distante,
o ali com o espaço mágico,
seu franzino com o gigante,
e que o acabassem tomando
pelo autor imaginante
ou tivesse que afrontar
as brabezas do brigante.
(E acabaria, não fossem
contar tudo à Casa-Grande:
na moita morta do engenho,
um filho-engenho, perante
cassacos do eito e de tudo,
se estava dando ao desplante
de ler letra analfabeta
de corumba, no caçanje
próprio dos cegos de feira,
muitas vezes meliantes.)
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terça-feira, 20 de abril de 2021
"La prose du Transsibérien et de la Petite Jehanne de France"
Sonia Delaunay, La prose du Transsibérien et de la Petite Jehanne de France (1913, Museum of Modern Art (MoMA), Nova Iorque)
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Descobri há pouco tempo esta obra de que gostei bastante. Trata-se de uma colaboração entre Sonia Delaunay e o poeta Blaise Cendrars (Frédéric Sauser), que resultou num livro que é uma longa folha (de 2 metros) que se abre, como um acordeão ou um mapa, com 22 painéis, tendo, do lado esquerdo as ilustrações de Delaunay e, do lado direito, o poema de Cendrars. O poema narra uma viagem na linha trans-siberiana, num comboio que viaja entre Moscovo e Paris. As ilustrações, em aguarela, são predominantemente abstractas, com excepção da Torre Eiffel e da Grande Roue de Paris. Foi realizado em Paris, em 1913, publicado pelas Éditions des Hommes Nouveaux. Só foram publicadas 60 cópias, muito embora inicialmente se pensassem publicar 150, que teriam, em conjunto, a mesma altura da Torre Eiffel. A obra é um exemplo do ‘simultaneísmo’ desenvolvido pelo casal Delaunay, visto que une texto e imagem.
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Cf. Philomena Epps, «Prose on the Trans-Siberian Railway and of Little Jehanne of France», Março de 2016, in Tate ⟮https://www.tate.org.uk/art/artworks/delaunay-prose-on-the-trans-siberian-railway-and-of-little-jehanne-of-france-p07355⟯. Cf. também: https://www.moma.org/collection/works/273447.
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Para o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (que foi ontem) – Quinta do Relógio, Sintra
Quinta do Relógio in Archivo Pittoresco, vol. 7, 1864.
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A Quinta é mencionada em 1850, como tendo pertencido a um padre jerónimo, que a legou aos antepassados de D. José de Sousa Coutinho, 15.º Conde Redondo. Nessa altura, existia uma torre com numerosos sinos, elevada cerca de 1800, que mais tarde foi demolida. No reinado de D. Pedro V a propriedade foi adquirida por Manuel Pinto da Fonseca, cognominado o Monte Cristo. Foi este que mandou construir a casa em estilo árabe, desenhada pelo arquitecto António Manuel da Fonseca Júnior. Juntamente com o Palácio da Pena e Monserrate, esta casa era uma das primeiras construções arabizantes edificadas em Portugal, que se integrava no gosto romântico pelo orientalismo. O local, Sintra, era ideal para o estilo pois estava «repleto de lendas e recordações dos mouros». Na fachada da casa está uma legenda árabe que é a divisa dos reis de Granada: «Deus é o único vencedor». Na quinta fica também um célebre sobreiro secular, que foi considerado «uma das mais belas árvores do mundo na opinião de Aquilino Ribeiro... cantado por célebres viajantes ingleses como Beckford e Southhey».
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Anne de Stoop, «Algumas Casas Românticas em Sintra», in Romantismo, Sintra nos Itinerários de um Movimento, Sintra, Instituto de Sintra, 1988, p. 225-227.
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sexta-feira, 16 de abril de 2021
Pintando ao Ar Livre XII
John Absolon, Self portrait
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Dizia Ramalho Ortigão, para Columbano, em meados de Fevereiro de 1879: «(...) logo que passem as chuvas que neste momento nos inundam, lançando aos ombros a sua mochila e abotoando as suas polainas, que vá para o campo com a perseverança dos fortes apontar de novo em frente dos efeitos da Natureza os valores correlativos da tinta».
-Ramalho Ortigão, «Uma polémica, I, o concurso de pintura da Academia das Belas Artes», artigo publicado no Diário da Manhã de 14/2/1879, in Obras Completas, Arte Portuguesa, Tomo III, Lisboa, Livraria Clássica Editora, 1947, p. 11. A citação já aqui esteve há 11 anos, num contexto vagamente parecido.
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quinta-feira, 15 de abril de 2021
Jasmim
La Guirlande de Julie. Le Jasmin (1601-1700)
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Madrigal
Cause de tante feux, source de tant de pleurs,
JULIE, accorde ma requeste,
Comme à toutes ces autres Fleurs,
Donne moy place sur ta teste;
Devant le lustre de mon teint,
L'éclat des plus beaux Lys s'éteint,
Par tout ailleurs ie leur fais honte,
Seulement dans ton sein leur blancheur me surmonte.
quarta-feira, 14 de abril de 2021
Magnólias
Tiffany Studios, Magnolia Vase (c. 1910, © Sotheby’s New York)
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Vi no blogue Fotografias Daqui e Dali umas belas fotografias de magnólias e lembrei-me deste vaso da Tiffany Studios. Fica também este outro, de Bordalo Pinheiro, para fazer pendant.-
Rafael Bordalo Pinheiro, Jarra com Ramo de Magnólia (Museu de Cerâmica, Caldas da Rainha)
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terça-feira, 13 de abril de 2021
Para a minha sogra que faz anos hoje
Com votos de muitas felicidades e muita saúde 🌼
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Raimundo de Madrazo y Garreta, Felicitación de cumpleaños (c. 1880, ©Museo Nacional del Prado)
segunda-feira, 12 de abril de 2021
sexta-feira, 9 de abril de 2021
Para a Mariana que faz anos hoje
George Cochran Lambdin, Side of a Greenhouse (c. 1870-1880, Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque)
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Com votos de muita felicidade e muita saúde!
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quinta-feira, 8 de abril de 2021
Um percurso pela Golegã
Igreja Matriz (Séc. XVI)
Casa-Estúdio Carlos Relvas (1871-1875)
Vestígios da Páscoa
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Um parque
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E um cavalo (dos muitos que vi a decorar as ruas)
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terça-feira, 6 de abril de 2021
Afinidades LIV
Federico Zandomeneghi, Riflessione (Musei Civici, Collezione Morone, Pavia)
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Columbano Bordalo Pinheiro, Retrato de Alda Lino (1910)
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domingo, 4 de abril de 2021
Domingo de Páscoa
Mikhail Vrubel, Resurrection (1887)
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Repetindo a pesquisa, para o tema da Ressurreição, dentro da mesma cronologia (vagamente entre 1850 e 2020) e no mesmo site (WkiArt) - embora assumindo que o paradigma do tema na pintura, para mim, continua a ser A Ressurreição de Piero della Francesca (c. 1460).
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Marc Chagall, Résurrection - Tríptico Résistance, Résurrection, Libération (1937-1952)
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Otto Dix, The Resurrection (1949)
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Alma Woodsey Thomas, Resurrection (1966)
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