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A Casa do Alentejo situa-se no antigo palácio dos viscondes de Alverca e condes de Anadia, com origem no séc. XVII. O edifício resistiu ao Terramoto de 1755, sendo reformulado quando passou a funcionar aqui o Clube Magestic, que abriu portas em 1917. Antes desta ocupação, aqui esteve o Liceu Central, o armazém da "Liquidadora Universal" e o atelier fotográfico de João Augusto Camacho (1896). Antes de ser clube, a entrada nobre fazia-se pela Rampa de São Luís. Depois da reformulação, dirigida pelo arquitecto António Rodrigues da Silva Júnior, o acesso principal passou a ser por uma «discreta porta situada na Rua das Portas de Santo Antão». O antigo pátio central foi decorado no estilo revivalista árabe, formando «um espaço escondido, espaço surpresa».
O piso nobre foi ocupado pela sala de jantar, uma sala de jogos, uma sala de bilhar, uma sala de bridge. Na decoração trabalharam Benvindo Ceia (sala de jantar e de baile), Domingos Costa (sala de jogos, Jorge Colaço (azulejos), Júlio Silva (medalhões do hall) e José Ferreira Bazalisa (tecto da toilette das senhoras).
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Bibl. - Manuel Villaverde, «Rua das Portas de Santo Antão e a singular modernidade lisboeta (1890-1925): arquitectura e práticas urbanas», Revista de História da Arte, n.º 2, 2006, pp. 142-176.
2 comentários:
Tem interiores surpreendentes. Que conheci tarde, quando fui lá para o lançamento de um livro (?"Lusitânia", 1980), de Almeida Faria.
Boa noite.
APS - São muito bonitos, de facto. Bom dia!
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