Santa Padroeira de várias situações e actividades profissionais, entre os quais os arquivistas e bibliotecários, educadores e professores, jovens e estudantes, juristas e advogados, filósofos e teólogos (fonte: Wikipédia). Fica, portanto, para todos eles (e outros de que também é Padroeira), dedicado este post.
João Afonso, Santa Catarina de Alexandria (1450-75, Museu Nacional de Arte Antiga)
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Segundo a tese de Isabel Bastos (2011, Link), o nome Catarina deriva do grego kataros, que significa «pura». Filha de um rei, seria originária de Alexandria e terá morrido no ano de 310 (?). A sua hagiografia conta a sua oposição às perseguições do Imperador Maxêncio contra os cristãos, tendo-se destacado pela sua sabedoria ao disputar e vencer os filósofos, bem como pela coragem que demonstrou durante o martírio.
Esta santa foi venerada sobretudo a partir da Idade Média, e a lenda foi divulgada de forma particular na Inglaterra. Contudo, a veneração chegou a outras paragens, pois foi invocada por Joana d’Arc (juntamente com Santa Margarida). A sua iconografia distingue-se pelo uso de uma coroa de rainha, bem como pela roda dentada. Segundo a lenda essa roda foi destruída por um anjo (por isso surge partida nas suas imagens) e o martírio cumpriu-se pela degolação - razão pela qual ela também leva uma espada. Conta ainda a sua lenda que ao morrer, deu-se um outro milagre, pois em vez de sair sangue, saiu leite, sendo por isso padroeira das mulheres que estão a amamentar.
Caravaggio, Santa Catarina de Alexandria (c. 1598, Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid)
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Neste Link fica um texto que contém a parte de La Légende dorée de Jacques de Voragine, na parte que respeita a esta santa, bem como uma versão em francês de uma canção que eu ouvia em casa da minha avó materna, há muitos anos atrás.
7 comentários:
Este teu interessante post lembrou-me do Museu Convento Catarina em Utreque, dedicado ao Cristianismo nos Países Baixos. O link: http://www.catharijneconvent.nl/p/24.html?m=39
Beijinhos!
Sempre rezei para ela nos meus debates públicos.
Imagino-a em colunas e bibliotecas de paredes abertas e colunas de granito. Entre montanhas e cordões de letras. Forte, firme, inteligente; como todas as mulheres acima de suas estaturas e além de seu mundo. A santa veio depois, um jeito masculino de colocar doçura onde transbordava força feminina.
bjs nossos
Sandra - Vou ver o link. Obrigada e beijinhos!
AMSK - Obrigada pelo comentário, que gostei muito. Beijinhos!
Margarida,
Tão bonita esta postagem.
Admiro esta santa por tudo o que afirmou.
Beijinho. :))
Obrigada, Ana. Eu confesso que me interessam mais os aspectos iconográficos do que os hagiográficos, mas talvez seja defeito profissional. Beijinhos!
Cara Margarida
É curioso, mas há uns tempos quando publiquei no meu blog umas estampas sobre Santa Catarina de Alexandria, li algures, não consigo precisar aonde, uma teoria segundo a qual a tradição popular terá misturado numa mesma lenda as vidas de santa Catarina e a de Hipácia de Alexandria. Ambas seriam mulheres muito cultas e foram as duas martirizadas.
Talvez por isso gosto tanto de Santa Catarina. Porque, por detrás da sua lenda se encontra Hipácia de Alexandria.
Bjos
Tenho de ir ver as estampas que refere. Desconhecia essa história, bem interessante. Obrigada!
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