segunda-feira, 10 de março de 2014

Rosas

Martin Schongauer, Madonna of the Rose Bower (1473, St.Martin, Colmar)
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Rosa sem Espinhos

Para todos tens carinhos, 
A ninguém mostras rigor! 
Que rosa és tu sem espinhos? 
Ai, que não te entendo, flor! 

Se a borboleta vaidosa 
A desdém te vai beijar, 
O mais que lhe fazes, rosa, 
É sorrir e é corar. 

E quando a sonsa da abelha, 
Tão modesta em seu zumbir, 
Te diz: «Ó rosa vermelha, 
» Bem me podes acudir: 

» Deixa do cálix divino 
» Uma gota só libar... 
» Deixa, é néctar peregrino, 
» Mel que eu não sei fabricar ...» 

Tu de lástima rendida, 
De maldita compaixão, 
Tu à súplica atrevida 
Sabes tu dizer que não? 

Tanta lástima e carinhos, 
Tanto dó, nenhum rigor! 
És rosa e não tens espinhos! 
Ai !, que não te entendo, flor. 

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Henri Fantin-Latour, Rose Trees White Roses (1875)
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John William Waterhouse, The Soul of the Rose (1908)
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Maria Eduarda Lapa, Rosas (Museu de José Malhoa)
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Paul Klee, Rose garden (1920, Lenbachhaus)

1 comentário:

Anónimo disse...

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