Eliot Hodgkin, Undergrowth (1941, Tate, Londres)
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Gosto muito de passear e ver as plantas que nascem espontaneamente, pelo que me interessam as pinturas que as representam. A primeira obra é de Eliot Hodgkin (1905-1987), que terá dito: «What I want to paint are the things that have been seen so often that people no longer notice them». A segunda é de Nigel Henderson (1917-1985), que estudou biologia no Chelsea Polytechnic. Segundo a página da Tate: «This collage focuses on living organisms, their intricate forms and layered structures, studied through a microscope».
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Nigel Henderson, Collage for ‘Patio and Pavilion’ (the growth of plant forms) (1956, Tate Britain, Londres)
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Ambas as obras, muito diferentes, apesar da proximidade das datas, traduzem essa simpatia pela flores e ervas silvestres, que também já fora representada em obras de Dürer (1471-1528), por exemplo, como nesta aguarela que é uma das minhas pinturas preferidas de toda a História da Arte:
Albrecht Dürer, Great Piece of Turf (1503, Albertina, Viena)
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A este propósito vem também o texto de Richard Mabey, «The lowly weed has its day», de 2011, que finaliza assim: «Ralph Waldo Emerson generously suggested that a weed is not so much a plant in the wrong place as “a plant whose virtues have not yet been discovered”. Perhaps, in the desolation we are making of the planet, the weed’s moment has arrived.»