sexta-feira, 5 de junho de 2009

Caminho da Verdade

Desenho de Rembrandt Harmensz van Rijn, Ein Elefant (1637, Albertina, Viena).
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Venho da rua. Um inebriamento
De formas e de cores abalou
Um momento o meu ser, onde pousou
Numa interrogação um desalento.
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No silêncio do lar as mãos ansiosas
Levanto, e cerro os olhos cismador.
Todas as sombras logo em derredor.
De mim vêm alinhar-se carinhosas...
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- Que tens, pobre ansioso? Duvidaste?
Viste só com os olhos, e cegaste...
Vê com a Alma, amigo. Põe constante
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O coração nas cousas. Ama, crê!
A verdade é em ti, amigo, sê
Tu mesmo, e achá-la-ás a todo o instante...
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António Carneiro.
Citado por José-Augusto França (1973).

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