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Que bonitos, que engraçados,
que piquenos, coitadinhos,
os estouvados
dos passarinhos!
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A sua vida é cantar,
A sua vida é cantar,
voar,
brincar pelo ar,
e alegrar
com seus chilreos
tão cheios
de graça e boa alegria,
a luz do dia!
-
Que bonitos, que contentes,
e que espertos, coitadinhos,
os inocentes
dos passarinhos!
e que espertos, coitadinhos,
os inocentes
dos passarinhos!
-
A sua vida é voar,
cantar,
brincar pelo ar,
e alegrar
em ranchos alegres e mui divertidos,
e quando poisam nos ramos floridos
parece que as flores estão a gorgear!...
cantar,
brincar pelo ar,
e alegrar
em ranchos alegres e mui divertidos,
e quando poisam nos ramos floridos
parece que as flores estão a gorgear!...
-
Que bonitos, que engraçados,
os passarinhos,
se estão casados,
dentro dos ninhos,
se estão casados,
dentro dos ninhos,
e vão criando, com mil cuidados,
os seus meninos.
os seus meninos.
-
E então quando os pequeninos,
já mais crescidos,
podem sair?...
Vêm com elles os seus paes,
e elles piam,
piam,
piam,
muito contentes, os atrevidos,
assim a modo que a rir
e aos ais...
-
E os paes
estão mesmo a dizer: - «Vê lá se caes!
Por aqui, por aqui, por este lado,
devagarinho,
que tu és um passarinho
muito piqueno! Cuidado!...
Sim, quando fôres grande, então voarás;
serás capaz
de subir, de subir, de subir pelo ar,
e de ir subindo,
cantando e rindo,
sempre a voar,
lá tão alto, que o Sol fique pertinho
de ti, meu pobre e lindo passarinho!...»
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Afonso Lopes Vieira, in Animaes nossos Amigos (1911).
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