Canaletto, Torre dell'Orologia in Piazza San Marco (1730, Nelson-Atkins Museum of Art, Kansas City).
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Francesco Guardi, Piazza San Marco (c. 1770, National Museum, Belgrado).
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A memória é necessária, tanto na vida das pessoas, como na vida de um povo. Por isso é necessária a história e a defesa do património. Certamente que a história é construída - depende dos documentos escritos e iconográficos que chegam ao historiador, depende da própria história do historiador - mas, mesmo sendo construída, procura basear-se em factos: «Pouco ou nada vem do génio ou do
acaso. Aquilo que somos é muito daquilo que fomos construindo ao longo do
tempo, e é sempre, inequivocamente, uma construção da história (...)» (Elísio Summavielle, 2010). No entanto, se discordo de quem se recuse a dar importância ao passado (porque mesmo para negar algo é preciso conhecer o que se está a negar), também não defendo que se deva viver no passado. Nessa medida, gostei de ler uma frase de Eugene O'Neill: «The past is the present, isn'it it? It's the future too» (Link) e outra de Oscar Niemeyer: «(...) nós estamos livres para fazer hoje o passado de amanhã» (Link). Ou ainda outra, de Anatole France: «The future is a convenient place for dreams» (Link).
Peter Reynolds, Dream big.
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Bibl.: CUSTÓDIO, Jorge (Coord.), Portugal 1910-2010 - 100 Anos de Património – Memória e Identidade, Lisboa, IGESPAR, IP, 2010.
4 comentários:
Muito interessante,Margarida!
Deixo aqui um endereço para ver o filme em que Brueghel é protagonista:
The Mill and the Cross
Se não conseguir ver através do link fica aqui nesta forma:
http://youtu.be/5iva1ESfZA8
Beijinhos. :)
Obrigada Ana! Bjs - irei ver.
Que frases tao certas.
Conhecer a História é fundamental para compreender o nosso presente e, em certos aspectos, aprender a dar-lhe o devido valor - o voto das mulheres, a possibilidade de eleiçoes livres, etc, etc.
Sinto muitas vezes a necessidade de visitar o passado - gosto muito de séries de época, por exemplo. Ainda ontem o fiz - que nisto, o Youtube é uma grande ajuda.
Acho também que conseguimos afinar a capacidade de tomar decisoes que podem vir a ser importantes para o nosso futuro, através da análise do devir histórico. Dou comigo a pensar como será a Europa daqui a 20 ou 30 anos, por exemplo. Nao estou a falar de futurologia, claro, mas de estarmos atentos aos sinais e aos eventuais cenários. Lembro-me logo do Rei Eduardo VII do Reino Unido, que renovou a respectiva Marinha e promoveu a Entente Cordiale para que a Inglaterra estivesse mais preparada, no caso de um potencial conflito europeu.
Para dizer que achei o post muito pertinente, nao só pela chamada de atençao quanto a importancia da defesa do nosso património, mas também por nos por a pensar na relacao entre os diversos tempos: passado, presente e futuro.
Bom Domingo!
PS: A neve já foi e agora só chove. Logo hoje, que vai abrir um mercado de Natal, aqui na cidade, ao estilo de Charles Dickens.
Bjs!!
Obrigada pelo comentário, Sandra. Quanto ao mercado, deve ser fantástico, mesmo com chuva. Põe fotos no blogue, se puderes. Bjns e boa semana! :)
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