Paulo Galindro (Link)
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Sophia de Mello Breyner Andresen, «Poesia e Realidade»:
«A Poesia existe em si - independente do homem. Realidade das coisas, ela existe mesmo onde ninguém a vê e onde ninguém a conhece».
(...)
«Pois a Poesia é a própria existência das coisas em si, como realidade inteira (...)»
«A poesia é a relação do homem com a Poesia (...)».
«(...) A verdadeira ânsia dos poetas é uma ânsia de fusão e de unificação com as coisas».
(...)
«O poema vem como um intermediário, é ele que torna possível que a poesia não se quebre contra os seus próprios limites. Podemos dizer por isso que o poema é liberdade».
(...)
«O poeta vê a Poesia, vive a poesia e faz o poema».
«O poeta vê a Poesia, vive a poesia e faz o poema».
«A poesia e a poesia não são criação. São realidade e vivência. Porém o poema é criação, é um objecto a mais no mundo, uma realidade entre as realidades».
(...)
«O poema aparece, porque é necessário à existência do poeta (...)».
«O poema aparece como um medianeiro. Aparece ao lado da lacuna, que impede a união absoluta com a Poesia. É uma forma de tornar total o que estava incompleto».
«(...) Não podendo atingir a união absoluta com a realidade, o poeta faz o poema onde o seu ser e a realidade estão indissolúvelmente unidos».
«(...) Não podendo atingir a união absoluta com a realidade, o poeta faz o poema onde o seu ser e a realidade estão indissolúvelmente unidos».
«Por isso o poema é o selo da aliança do homem com as coisas».
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In Colóquio, n.º8, Abril de 1960, pp. 53-54.
4 comentários:
Lindíssimo. Um beijinho. :)
Obrigada! Beijinhos!
Ilustração muito bem escolhida. Um achado. :)
Bom fim-de-semana!
Obrigada! Boa semana!
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