Júlio Costa, Romeira (c. 1883)
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Numa revista Branco e Negro, de 18 de Outubro de 1896, tecem-se elogios a Júlio Costa (1853-1923), que me parece que ficou esquecido para a história da arte.
Na revista, diz-se que a Romeira, aqui reproduzida, foi o grande êxito da exposição de arte do Ateneu do Porto, em 1883 - pertencendo a pintura, em 1896, a Joaquim Sotto Maior (proprietário do Palácio da Figueira da Foz, que este ano visitei e que já aqui referi). Diz-se ainda que o artista foi um dos pintores portugueses mais notados na (então) recente exposição de Berlim.
Fiquei intrigada, porque nunca ouvira falar de Júlio Costa (pelo menos, que me lembre), o que só demonstra como a fama é uma coisa bem fugidia.
No entanto, na página da Universidade do Porto, há um artigo sobre ele, onde se pode ler que Júlio Costa era portuense e estudou na Academia dessa cidade, aluno de António José da Costa, tendo concluído o curso de Pintura de História, em 1881. «Participou nas exposições do Centro Artístico Portuense (1881 e 1882), de que era sócio. Expôs na trienal da Academia Portuense de 1884, nas Exposições d’Arte, entre 1887 e 1895, e no Ateneu Comercial do Porto. Associou-se às exposições do Grémio Artístico de Lisboa (de 1891 e seguintes) e concorreu à Exposição do Rio de Janeiro, de 1908». Ficou conhecido sobretudo como retratista, dentro do estilo realista, sendo autor do retrato do seu mestre António José da Costa, datado de 1921, propriedade do Museu Nacional de Soares dos Reis. Para saber mais sobre o artista, aconselho a página da Universidade.
Retrato de Senhora (1909, Leiloeira S. Domingos)
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Nota: No mesmo número da revista, há um artigo (de Vale Sousa) sobre o Museu Municipal da Figueira da Foz e António dos Santos Rocha, seu fundador.
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