John Brett, Mount's Bay (1872).
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Coral VII
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Em si o verso mudo se corrompe.
Nada é amanhã
que hoje não desperta.
Viva a imensidão se decompõe.
Lutando como o vento num deserto
- miragem, água, palmeiral disperso -
esvoaça, derruba, desfaz-se sobre o mar.
Em si o verso mudo se transforma.
Verso mudo que foi
é verso vivo,
flor de manhã, sol de meio-dia,
comunhão,
Vaga lacustre, calma e silenciosa,
manhã de primavera
possuída de verão.
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João Mattos e Silva (1972).
Em si o verso mudo se corrompe.
Nada é amanhã
que hoje não desperta.
Viva a imensidão se decompõe.
Lutando como o vento num deserto
- miragem, água, palmeiral disperso -
esvoaça, derruba, desfaz-se sobre o mar.
Em si o verso mudo se transforma.
Verso mudo que foi
é verso vivo,
flor de manhã, sol de meio-dia,
comunhão,
Vaga lacustre, calma e silenciosa,
manhã de primavera
possuída de verão.
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João Mattos e Silva (1972).
3 comentários:
Bela forma de aliar, no mesmo poema, a homenagem à poesia e à Primavera. Escolha atenta, Margarida.
Margarida,
O poema é lindo. A pintura é linda e a Primavera chegou!
Bjs! :)
Sara: Obrigada! Foi também vontade de homenagear o poeta (que é meu tio).
Ana: É verdade! É uma época muito bonita. Bj!:)
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