quarta-feira, 2 de março de 2011

Violetas

 William Worchester Churchill, The Nosegay of Violets: Portrait of a Woman (1905).
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Eduard Manet, Bouquet Of Violets (1872).
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As violetas roxas são das minhas flores favoritas e fazem-me lembrar a minha avó e a Quinta de Santana, no Redondo, onde havia canteiros com violetas. Diz o Diccionario da linguagem das Flores (1868) que a violeta branca simboliza a candura e ingenuidade e a violeta roxa a modéstia, o que se deve provavelmente ao facto de serem pequenas e estarem escondidas na folhagem. No entanto são belas e exalam um perfume doce, que eu muito aprecio. Há um provérbio que diz: «A beleza sem graça é uma violeta sem perfume» (Citador). Para mim as violetas simbolizam o anúncio da Primavera e trazem-me a lembrança de alegres momentos da infância.
Mas as flores (ou os objectos em geral) têm significados diferentes para cada pessoa, que ultrapassam o simbolismo mais generalizado. Manet associava as violetas a Berthe Morisot, a quem ficou dedicado o bouquet de violetas do quadro que pintou em 1872. Sobre esse assunto, é de referir um interessante texto de Dominique Bonat, citado por MR no PROSIMETRON, em Novembro de 2010. Aqui fica o link.

4 comentários:

Presépio no Canal disse...

Um post muito doce e bonito! Gostei dos quadros e do texto! Uma beleza! Tudo! :-)
Bjs!

ana disse...

Sublinho as palavras da Sandra.
Partilho o gosto por violetas, pela sua cor e perfume.
Este post é belíssimo!
Bjs :)

Margarida Elias disse...

Sandra e Ana: Muito obrigada!

Ana: Por acaso notei que pôs umas fotografias de violetas no PROSIMETRON, outro dia. Tenho muitas saudades de violetas. Hoje em dia só vejo daquelas que se vendem em vasos nas lojas, que têm menos graça (e perfume) do que aquelas que existiam na quinta da minha avó. Mas não sei qual é a diferença...

Presépio no Canal disse...

E o perfume da terra, do ar livre, da natureza... :-)
Ja eu sou perdida por campos de poejo...o perfume, ai o perfume... e que bem sabe na comida...que saudades...