Bolo-Rei da Confeitaria Nacional (Link)
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Conta a Wikipedia que «O bolo rei atual terá surgido na corte de Luis XIV, em França, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis (...). / O bolo rei popularizado em Portugal no século passado segue uma receita originária do sul de Loire, um bolo em forma de coroa feito de massa lêveda. Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu bolo rei em Portugal foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, por volta de 1870. O responsável foi o afamado confeiteiro Gregório, que se baseou numa receita que Baltazar Castanheiro Júnior trouxera de Paris (...)».
Na revista do Agrupamento D. Filipa de Lencastre, Zine Especial Natal 2013, no testemunho sobre a Alemanha (p. 16) refere-se que o Christollen é o «Pão de Cristo, um bolo de frutos secos e fruta cristalizada, um bocado como o nosso bolo rei». Na mesma publicação conta-se a lenda do Bolo-Rei, segundo a qual, quando os Reis Magos se aproximaram das muralhas de Jerusalém, «disputaram a primazia de oferecer o oiro, o incenso e a mirra. / Um padeiro terá então confeccionado um bolo, dentro do qual escondeu uma fava: partilhado pelos três, aquele que ficou com a fava foi o primeiro a entregar o presentinho...» (p. 85).
Noutra publicação, desta vez do Diário de Notícias de 31/12/2005, encontram-se outras curiosidades: «(...) Os romanos usavam as favas para a prática inserida nos banquetes das Saturnais, durante os quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também designado Rei da Fava. Este costume terá tido origem num jogo de crianças muito frequente durante aquelas celebrações e que consistia em escolher entre si um rei, tirando-o à sorte com as favas. / (...) Dado aquele jogo infantil ser característico do mês de Dezembro, a Igreja Católica decidiu relacioná-lo com a Natividade e, depois, também com a Epifania (os dias entre 25 de Dezembro e 6 de Janeiro). Esta última data acabou por ser designada pela Igreja como Dia de Reis, altura em que algumas famílias, nomeadamente em Espanha, procuram manter a tradição, não só comendo o bolo-rei como aproveitando a ocasião para distribuir os presentes pelas crianças. / Para além desta, havia uma outra tradição, da qual poucos terão conhecimento, que afirmava que os cristãos deveriam comer 12 bolos-reis, entre o Natal e os Reis (...)» - portanto, a partir de dia 26, é um bolo por dia...
No Jornal das Caldas (23/12/2008), pode ler-se ainda: «A fava amaldiçoada pelos sacerdotes Egípcios que a viam como alojamento para os espíritos é considerado o elemento negativo, representando uma espécie de azar, tendo quem a encontra duas opções: Assumir o pagamento do próximo bolo ou correr perigo de engoli-la. Por sua vez o brinde era colocado no bolo com o objectivo de presentear os convidados com quem se partilhava o bolo. Havia quem colocasse nos bolos pequenas adivinhas complicadas por sinal, mas cuja recompensa seria meia libra de ouro. Porem outros incluíam propositadamente as moedas de ouro na massa (...)».
Portanto, vamos comer bolo rei, se puderem da Confeitaria Nacional, que é o melhor dos que já provei. Entretanto, fica um outro link interessante do artigo da Wikipedia francesa sobre o Gâteau des Rois e mais um da inglesa sobre o King Cake.
5 comentários:
Margarida,
Muito interessante o que descreve. Gosto muito de bolo Rei e faz-me impressão as modernices que inventaram à volta dele.
Beijinho. Feliz Natal a cinco dias do mesmo. :)))
Bolo-Rei, tão bom!
Feliz Natal, Margarida! :-)
São lindos e devem ser maravilhosos.
bjs nossos
Fica no Chiado, em Lisboa?
bjs
Ana - Confesso que gosto do Bolo-Rainha quando é bom - mas o da Confeitaria Nacional, que só provei há pouco tempo, é uma maravilha. Bjns e Feliz Natal!
Sandra - A tua mãe já chegou? Bjns e Feliz Natal!
AMSK - Há uns melhores que outros (eu não gosto das frutas cristalizadas), mas são próprios da época. Bjs!
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