Gunnar Berndtson, The Bride's Song (1881, Ateneum, Helsínquia)
-
Carlos Reis, Uma Saúde aos Noivos (1930, MNAC, Lisboa - exposto no Museu Municipal Carlos Reis, Torres Novas)
Este blogue é pessoal e sem fins lucrativos. Se sentir que eu estou a infringir os seus direitos de autor(a) agradeço que me contacte de imediato para eu remover o referido conteúdo: elias.margarida@gmail.com / This blogue is a non-profit and personal website. If you feel that your copyright has been infringed, please contact me immediately: elias.margarida@gmail.com
«No dia 22 de Abril demos um passeio fora da cidade para visitar os célebres aquedutos de Lisboa. A descrição de monumentos tão grandiosos (…) fica sempre aquém da realidade. É impossível comunicar aos outros o sentimento de admiração que se apossou de nós logo à primeira vista, porque a imaginação não pode elevar-se a uma concepção tão sublime como aquela que a realidade apresenta».
«Erguia-se agora, à margem do "varador", alta gruta de raízes, que uma só árvore lançava. Templo imaginário de povo que inspirasse a sua estética arquitectónica em esquisitos monumentos orientais, oferecia a quem nele se recolhesse postigos inumeráveis, portas de linhas irregulares e salas onde seis homens podiam estender a toalha e almoçar, ou puxar de cartas para jogo que ludibriasse as horas, em longos dias de chuva.
É uma sapopema - explicou Firmino, vendo Alberto a observar o raizedo enorme, que se espalmava em lâminas, grossas como paredes, e se retorcia também, decorativamente, em cordame manuelino. - Se um dia você se perder, bata neste pau, que logo algum seringueiro lhe responde».