quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Em busca de uma pintura desconhecida

Eduardo Viana, Paisagem (Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa)
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Num artigo publicado na revista Contemporânea, em Fevereiro de 1932, Reinaldo dos Santos fala sobre uma exposição de Eduardo Viana. Não vou aqui fazer qualquer análise crítica desse artigo, mas sim deixar registada a minha dúvida sobre qual será a pintura do Marão que o crítico tanto elogia. A imagem que coloco aqui é de uma paisagem da Gulbenkian, mas não sei se é a mesma pintura. São estas as palavras de Reinaldo dos Santos:

«Mas Vianna, exprimiu com mais sinceridade pictural e emoção, a grandiosidade do Marão, numa tela digna de figurar em colecção pública.
O seu temperamento de concentrado, colheu na terra e no ceu regionais, a calma e a seriedade da montanha, cujos sopés se enleiam, nos pompanos de Amarante emquanto as espáduas robustas suportam a rudeza transmontana. Em harmonias de verdes tristes e cançados, e terras em que se sente a gestação austera duma árdua fecundidade, o ritmo dos vales e das encostas eleva-se, primeiro em tonalidades graves - como um largo musical - e quando atinge as cumiadas luminosas, abre-se numa explosão sinfonica de azues esmaecidos e opalas, que ficam pairando e fluindo - até aos longes infinitos...»

2 comentários:

MR disse...

Gosto muito de Eduardo Viana e sei que a Margarida também gosta.
E gosto destas 'pesquisas': andar atrás de encontrar algo que lemos. :)
Bom dia!

Margarida Elias disse...

MR - E bem que eu gostaria de saber qual foi a pintura que encantou Reinaldo dos Santos. Seria aquela da Gulbenkian? Bom dia!