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Fui ontem, finalmente, ver esta exposição que está quase a fechar. Segundo a folha de sala, de Adelaide Ginga, o «projecto inspira-se, principalmente, nas teorias de dois pensadores (...): a teoria profética de Joaquim de Fiore (1135-1202), "As Três Idades do Homem" (...) e a de Ray Kurzweil (1948), sobre o conceito da "Singularidade tecnológica" (...)». Miguel Soares, nascido em 1970, é licenciado em Design pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa e doutorado em Arte Contemporânea pela Universidade de Coimbra, tendo participado em exposições desde 1989.
Eu achei a exposição muito interessante, bem como muito apelativa em termos visuais. Intrigou-me desde início o robot sem cabeça, mas nem por isso sem olhos (estavam nos ombros) e muito menos sem inteligência ou emoções. Interessou-me o contraste entre ele atento ao mundo que o rodeava, à natureza e aos livros; e as pessoas voltadas para a tecnologia, viradas sobre si mesmas. Interessou-me também o facto das máquinas não quererem ser escravizadas. E a ideia do espelho é muito intrigante, não só pelo espelho que surge num momento do vídeo, mas também pelas palavras: Luz Azul, que podem ler-se, com o mesmo significado, de ambas as direcções.
E fiquei contente por ter ido com o meu marido, porque ele fez ligações que eu não não me apercebi. A dada altura o robot vê um paralelepípedo no meio da paisagem, onde se vê ao espelho. E o meu marido relacionou isso, com razão, ao paralelepípedo do 2001 Odisseia no Espaço.
4 comentários:
Ainda bem que gostou..:-)
Uma boa semana.
APS - Muito interessante :-) Bom dia!
E onde está a expo?
Está no MNAC, até dia 24. Bom dia!
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